Cidades

Após quarto dia de greve, professores devem retomar o trabalho

Foto Ahmad Jarrah

Após mais um dia de greve os professores da rede municipal de Cuiabá devem retomar os trabalhos, ainda na sexta-feira (4). A previsão é de Helena Maria Bortolo, que compõem o núcleo de negociações do Sintep (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso). A Secretaria de educação, na Capital, ofereceu a terceira contra-proposta, após três dias de negociações na Central de Conciliação e Mediação do Tribunal de Justiça.

A Prefeitura de Cuiabá propôs dar o aumento de 2,3% aos profissionais da educação a partir do mês de janeiro de 2016. Em relação à melhoria da infraestrutura das unidades de ensino, que era outra reivindicação da categoria, a Prefeitura vai investir, em 2015, recursos no valor de R$ 18,5 milhões. Esses recursos serão destinados a obras de reformas, ampliações e equipagem de escolas e creches e contrapartidas do município nas construções de Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e reforma de escolas.

Outra reivindicação dos professores era a realização de um concurso público, quanto ao isso, a prefeitura já falou que já assinou contrato com a Fundação Getúlio Vargas para a realização das provas. O edital oferecerá, segundo a assessoria da prefeitura, 3.394 vagas e a publicação do edital deverá sair ainda neste mês de setembro. 

Ilegalidade da greve

A desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho decretou ontem (02), a ilegalidade da greve dos profissionais da Educação de Cuiabá. Conforme a magistrada, o Sintep não cumpriu os requisitos legais para o movimento. 

A magistrada entendeu que o Sindicato não cumpriu a legislação, que determina a notificação em 72 horas sobre a decisão de greve à Prefeitura de Cuiabá. Nilza considerou que a greve prejudica os 46 mil alunos do Município e determinou o retorno imediato dos profissionais, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.

A representante do Sintep, Helena Bortolo, disse por telefone que essas decisões da justiça do trabalho em Mato Grosso são na maioria das vezes questionáveis e relembrou da última greve deflagrada pela categoria – onde dois dias antes da paralisação oficial, já havia uma liminar decretando a ilegalidade do movimento grevista. “Isso é de praxe em Mato Grosso, nós os trabalhadores que reivindicamos melhores condições de trabalho somos os penalizados pela justiça. Mas a ilegalidade dos salários irrisórios para os formadores de novos profissionais, as condições sub-humanas a que o professor precisa se submeter são inteiramente legais”, disse.

Assembleia geral

A categoria recebeu o documento, contendo a contra-proposta, oficialmente do secretário Gilberto Figueiredo e irá apresentá-lo em uma assembleia geral, na tarde desta quinta-feira (3), às 15h em frente a Secretária de Educação. 

Helena Bortolo acredita que a categoria aceite a proposta e retome as aulas ainda nesta sexta-feira (4). “Nós avançamos muito com esse aumento, pois os secretários de Mauro Mendes estavam irredutíveis quando lhes apresentarmos as nossas reivindicações. Falaram que não iriam conceder aumento a nenhuma categoria, contudo com apenas 4 dias de greve conseguimos chamar a atenção deles e cobrar melhorias (salariais e estruturais)”, concluiu Bortolo.

Prefeitura entra na justiça para derrubar greve dos professores

Ulisses Lalio

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