Cidades

Após protesto de ambulantes no Brás, lojistas contam o prejuízo

Portas do shopping Vautier começam a abrir (Foto: Tatiana Santiago/G1)

Os lojistas da região do Brás, na região Central de São Paulo, que não puderam abrir suas lojas por causa de um protesto de ambulantes na manhã desta quinta-feira (22) afirmaram que tiveram prejuízo de cerca de 50% nas vendas. A região é conhecida por venda de roupas no atacado.

Por volta das 3h, os vendedores ambulantes que trabalham nas Ruas Tiers, Valtier e Alexandro Pedroso foram impedidos de montar suas barracas pelos Guardas Civis Metropolitanos (GCM) após determinação da Prefeitura por não possuírem o Termo de Permissão de Uso (TPU) para ocupar as ruas. Os ambulantes, então, protestaram contra a proibição e impediram que os lojistas abrissem suas lojas.

"Não tinha como abrir as lojas e por conta disso a gente foi prejudicado financeiramente. Podemos dizer que o prejuízo foi de 70%, porque como abre cedo aqui, as pessoas vêm de excursão", disse um lojista que preferiu não se identificar com medo de represálias. Ele costuma abrir o estabelecimento às 4h para aproveitar a movimentação da Feirinha da Madrugada.

Segundo o lojista, os ônibus que vinham de outras cidades foram impedidos de passar. "Os ambulantes ficaram gritando palavras de ordem e mandando fechar", conta ele.

Uma lojista de um comércio que vende produtos de beleza, que também não revelou seu nome, também contabilizava os prejuízos. "Teve queda de 50% a 60% nas minhas vendas. O movimento aqui é logo cedo", disse ela.

Já o ambulante Rogério Lima, representante de parte dos camelôs, nega que houve coação aos lojistas.

"Nós pedimos educadamente para eles fecharem as lojas e houve compreensão", disse. Ele disse que o protesto foi motivado pois eles não conseguem trabalhar. Segundo Lima, os ambulantes reivindicam um TPU para trabalhar nas ruas durante a madrugada e negou que exista venda de espaço público para a montagem de barracas.

Desde o dia 7 de outubro, uma operação contra o comércio irregular ocorre na região e conta com a presença de 290 homens entre agentes da CGM, PMs e funcionários das Subprefeituras para desobstruir calçadas.

Por volta das 9h, os ambulantes dispersaram e os lojistas começaram a abrir os estabelecimentos para os compradores. Parte dos ambulantes foi para a Subprefeitura da Mooca, responsável pelo Brás, para tentar conversar com o subprefeito.

Tumulto
Ambulantes relataram que houve tumulto durante a madrugada com a GCM e que os agentes teriam jogado bombas de gás. A GCM nega o conflito e diz que não trabalha com esse tipo de armamento.

Um ambulante disse que ficou ferido durante o tumulto após ser atingido por um cacetete no braço.

Fonte: G1

 

Redação

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