Com a chegada de fevereiro, grande parte da população já começa a se preparar descansar ou cair na folia durante o Carnaval. Mesmo sem a tradição dos festejos de outras praças do país, o empresariado de diversos segmentos de Mato Grosso enxerga a data como uma grande oportunidade para expandir o faturamento. Isso porque muitos moradores da região metropolitana de Cuiabá buscam os principais pontos turísticos para curtir a celebração nos dias de folga, enquanto que muitos daqueles que vivem no interior aproveitam para fazer a rota inversa.
Para a diretora comercial da Pousada Villa Guimarães, Sônia Bezerra, as reservas no seu estabelecimento, localizado em Chapada dos Guimarães, estão quase esgotadas para os dias de festa. A executiva revela que a estratégia para atrair os turistas passa por pacotes que reúnem bons preços e estadia prolongada. “Além do lucro para a empresa, a vinda em massa de visitantes acaba beneficiando diversos setores de forma indireta e toda a cidade sai ganhando”.
Na Capital, um dos pontos mais requisitados é o Choppão. Segundo o proprietário do tradicional bar e restaurante, Fernando Quaresma, à melhora das condições sanitárias após o ápice da pandemia é um fator fundamental para aumentar a clientela após dois anos de resultados tímidos. “Carnaval é uma das principais datas para o restaurante e com a programação festiva que será organizada na Praça 8 de Abril, o fluxo deve aumentar de forma expressiva”.
Conforme o empresário Jarbas Rodrigues, sócio-proprietário do Bar do Jarbas, as projeções para o Carnaval que se aproxima são as melhores. Os ganhos devem superar em 30% o total conquistado em 2022, retomando os índices pré-pandemia. “Por se tratar uma ocasião especial, estamos preparando a estrutura e o estoque para atender em todos os dias de festa”.
Otimismo
Estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o volume de receitas movimentadas nos festejos carnavalescos em 2023 deve ser R$ 8,1 bilhões em todo o país – quase 27% superior em relação ao ano anterior.
Ainda de acordo com o levantamento, cerca de 85% da receita deve ser gerada pelos setores de bares e restaurantes, transporte de passageiros e serviços de hospedagem. O restante do montante se divide entre empresas de lazer e cultura e outros segmentos, como aluguel de veículos e agências de viagem.
