Muito mais que suco verde!
Ouve-se muito as pessoas comentarem que estão tomando suco verde, que faz bem pra saúde e ajuda na detoxificação do organismo, mas, afinal de contas, o que isso quer dizer?
O termo destoxificação ou detoxificação vem da ideia de reduzir a toxicidade de alguma substância que tenha sido produzida pelo organismo ou adquirida do ambiente e que não tenha um papel benéfico ao organismo. Mas onde estão esses agentes tóxicos (xenobióticos)?
Podemos encontrá-los na poluição do ar, na radiação solar, nos agrotóxicos, em aditivos alimentares, nas embalagens dos alimentos, entre outros.
Indivíduos que são expostos continuamente aos poluentes podem se beneficiar da estratégia dietética de destoxificação, mas não pense que se trata apenas de ingerir suco verde!
Essa orientação dietética apresenta três principais diretrizes: exclusão dos potenciais alimentos tóxicos; introdução de uma alimentação rica em nutrientes antioxidantes e fitoquímicos; modulação da microbiota intestinal (aumentar as bactérias boas do intestino e reduzir as ruins).
O suco verde pode ser uma das estratégias adotadas para oferecer ao organismo uma maior quantidade de nutrientes, mas não se engane: é preciso muito mais que um suco para combater as substâncias agressoras ao corpo humano.
O cálcio, por exemplo, facilita a perda de peso e oferece proteção cardiovascular, além de participar de uma série de funções fisiológicas, como a contração muscular e a diminuição na produção das células de gordura. Onde encontramos?
No iogurte, queijos, vegetais verdes, como brócolis, nas amêndoas, avelãs, tofu e semente de melão. Muito cuidado com o café! A cafeína atrapalha a retenção de cálcio, podendo promover perda óssea.
Além disso, é fundamental ingerirmos o cálcio longe das refeições ricas em ferro (por ex. feijão), que compete com o cálcio. O resveratrol, composto fenólico da uva, protege o organismo do stress oxidativo, que pode promover o câncer e problemas cardiovasculares.
Desta forma, o consumo de resveratrol aumenta a longevidade. Podemos utilizar um copo de 200 ml de suco de uva integral (sem açúcar) por dia.
A vitamina C é precursora de colágeno (evita a perda de elasticidade da pele) e de carnitina (responsável pelo transporte da gordura para dentro das células e, consequentemente, da eliminação delas do organismo).
Encontramos na acerola, kiwi, abacaxi, manga, mamão, limão. Uma forma inteligente de se consumir é fazendo uma salada de vegetais verdes combinada com uma fruta. A quantidade diária necessária é entre 75 e 100 miligramas.
O magnésio participa de mais de 300 reações enzimáticas em nosso corpo. É importante para o sistema imunológico e a captação de oxigênio durante o treino.
Exercício físico e alimentos fonte de magnésio colaboram para a quebra da gordura, além de melhorar a produção de energia pelo tecido muscular. Uma boa forma de ingestão é comer uma fruta com 2 colheres de sopa de semente de abóbora.
Compre a abóbora, retire as sementes, lave-as e enxugue com papel toalha e leve ao forno para torrar (fogo baixo por pouco tempo).
O zinco regula hormônios relacionados com a saciedade e melhora a resistência à insulina, hormônio responsável para controlar a glicose no sangue. Quando os níveis de açúcar no sangue começam a subir, uma cascata de efeitos patológicos sai do controle, podendo levar a diabetes, doenças do coração, câncer e até Alzheimer.
O zinco ainda tem ação antioxidante e favorece o sistema imunológico. Encontramos o zinco nas ostras, cereais integrais, semente de abóbora, semente de gergelim, nozes, amêndoas e avelãs.
Ah, não podemos esquecer do ômega 3! Indispensável para combater processos inflamatórios nas células, seu consumo facilita a perda de gordura e protege contra doenças cardiovasculares e neurodegenerativas.
Nós o encontramos nos peixes de águas profundas, sementes de linhaça e chia.