Existem duas possibilidades [para as mortes]. As situações de confronto, que são inevitáveis. E pessoas que ficam de tocaia, porque a estrutura urbana facilita isso, e ficam esperando o policial para fazer de maneira covarde e criminosa essas ações. O que estamos fazendo é levar a companhia de instrução do Bope no Alemão. Estamos entrando com uma companhia ou mais do Bope. E estamos começando a partir de hoje à tarde uma série de operações em áreas que têm ligações diretas ou indiretas com o [tráfico do] Complexo do Alemão e Vila Cruzeiro.
Rio de Janeiro tem um PM morto a cada cinco dias.
O secretário participou da cerimônia de formatura de 470 policiais militares, na manhã desta sexta. Ele lamentou a morte de Alves, mas tentou fazer discurso para motivar os recém-formados.
Temos problemas de guerra aqui no Rio de Janeiro, porque assim deixaram que aconteceram (…) Os senhores são o sustentáculo da democracia, o que os senhores fazem é garantir o estado de direito democrático. O colega de vocês faleceu tirando pessoas que estavam tiranizadas. Mas não vamos desistir, gente.
Vítima
A família do aspirante a oficial da PM Leidson Acácio Alves, de 27 anos, deixou nesta sexta-feira, 14, o Instituto Médico Legal, após fazer o reconhecimento do corpo dele. Alves foi o 11º integrante de Unidade de Polícia Pacificadora assassinado desde que o programa foi criado, em 2008. A mulher dele, Jaqueline Oliveira, de 26 anos, estava muito emocionada.
Estou muito abalada. Eu o conhecia desde adolescente. Eu tinha 14 e ele, 15, quando começamos a namorar.
O sepultamento do corpo do PM acontece no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, às 17h30 desta sexta.
R7