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Após furacão Maria, Porto Rico pede ajuda dos EUA

O governador do território americano de Porto Rico, Ricardo Rossello, pediu uma ação rápida na assistência para a recuperação da devastação causada pelo furacão Maria. A ajuda federal dos EUA está demorando a chegar, e há longas filas em supermercados e postos de gasolina. Muitos moradores do Estado insular estão sem alimentos, água e combustível.

"Precisamos evitar que ocorra uma crise humanitária nos EUA. Porto Rico faz parte dos EUA. Precisamos tomar uma ação rápida", disse Rossello nesta segunda-feira (25/09), na capital San Juan. Os furacões Maria e Irma deixaram 16 mortos no arquipélago porto-riquenho.

"A magnitude deste furacão [Maria] e dos dois que passaram [Irma e Maria] são sem precedentes", citou, acrescentando que Porto Rico se encontra numa situação econômica precária, com uma dívida pública de mais de 70 bilhões de dólares.

Em uma mensagem no Twitter, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez referência à dívida e admitiu que Porto Rico está enfrenta "sérios problemas" após a passagem, na semana passada, do furacão Maria.

"Texas e Flórida [afetados pelo Harvey e Irma] estão indo bem, mas Porto Rico, que já sofria com uma infraestrutura ruim e uma dívida em massa, enfrenta sérios problemas", escreveu Trump.

"Sua rede elétrica antiga, que estava em estado terrível, foi devastada. Grande parte da ilha foi destruída, com bilhões de dólares de dívida com Wall Street e os bancos que, infelizmente, têm que enfrentar isso", afirmou. "Comida, água e medicamentos são as principais prioridades", concluiu o presidente.

Destruição quase completa
O governo de Porto Rico solicitou na segunda-feira uma extensão de quatro semanas para cumprir prazos em seu caso de falência. Quase todas as redes de telecomunicação foram destruídas, e o furacão Maria deixou todo o arquipélago sem eletricidade. Segundo autoridades locais, demorará entre quatro e seis meses para reconstruir totalmente o local.

Quando o furacão Maria atingiu terra na quarta-feira, ele destruiu a maior parte das plantações da ilha, sendo as de banana e café as mais atingidas. Deslizamentos de terra no interior montanhoso do país destruíram estradas. Quedas de energia e a interrupção da cadeia de abastecimento afetaram gravemente as fazendas.

O chefe da Agência Federal para a Gestão de Emergências (FEMA, na sigla em inglês), Brock Long, esteve ao lado de Rossello na coletiva de imprensa e garantiu que a agência estava "trabalhando o tempo todo" para reparar a infraestrutura crucial e salvar vidas.

"Temos muito trabalho a fazer, sabemos disso", afirmou Long. A Fema comunicou que mais de 700 funcionários estavam no território de Porto Rico e nas Ilhas Virgens Americanas.

Resposta "inadequada"
O principal democrata no Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Deputados dos EUA, Adam Smith, alegou que a reação do governo Trump à situação em Porto Rico tem sido "totalmente inadequada".

"Um território de 3,5 milhões de cidadãos americanos está quase completamente sem energia, água, alimentos e serviço telefônico, e a reação do Departamento de Defesa se limita a um punhado de helicópteros. Isso é uma desgraça", disse Smith.

O senador da Flórida, Marco Rubio, detalhou o estado emergencial, após sua visita à ilha: "Dano tremendo. Potencial de uma crise séria em áreas fora de San Juan. É preciso fornecer energia o mais rápido possível."

Trump conversou com Rossello por telefone durante o fim de semana, mas nenhuma data foi marcada para o presidente dos EUA visitar Porto Rico ou as Ilhas Virgens Americanas. Trump visitou o Texas e a Flórida logo depois que os dois estados foram atingidos por tempestades devastadoras.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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