A frota de ônibus coletivo que atende Cuiabá e Várzea Grande está rodando normalmente nesta sexta-feira (14). A decisão partiu do Sindicado dos Trabalhadores Rodoviários da Baixada Cuiabana (Sintrobac), após determinação judicial de que 90% da frota deveria funcionar em horário de pico.
Diversas categorias (veja mais abaixo) estão com suas atividades paralisadas nesta sexta-feira, devido a um protesto nacional contra a Reforma da Previdência e a cobrança por recursos destinados à educação. Entre os grevistas estavam os trabalhadores do Sintrobac, que já haviam realizado uma paralisação na segunda-feira (10) por atraso nos salários.
Diante dos fatos, a presidente do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT), desembargadora Eliney Veloso, concedeu uma liminar a pedido da Prefeitura de Cuiabá e determinou que no mínimo 90% da frota deveria atender a população em horários de pico e nos demais períodos a circulação deveria ser de 70%.
O presidente da Sintrobac, Ledevino da Conceição, confirmou que o atendimento total da frota está ocorrendo por conta da decisão, mas que o sindicato e os trabalhadores estão apoiando e alguns devem comparecer ao ato marcado para as 14h, deste dia, na Praça Ipiranga da Capital.
Mais paralisações, protesto e segurança
Entre as categorias que confirmaram ao Circuito Mato Grosso de que iriam aderir a paralisação nacional está o Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Estado (Sinetran). Eles informaram que ao longo desta sexta-feira (14) 30% dos servidores estão atendendo, com a possibilidade de suspensão de serviços.
Na área da saúde, o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado de Mato Grosso (Sispen-MT) paralisou vai paralisar por doze horas as atividades, das 7h às 19h, porém respeitando 50% dos servidores trabalhando nas unidades de saúde.
No poder público 30% dos servidores devem trabalhar, conforme informado pelo Sindicato dos Profissional das Áreas Meio do Poder Executivo de Mato Grosso (Sinpaig) e o Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado de Mato Grosso (Sisma (MT).
O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso (Sintect), aderiu simbolicamente à paralisação, assim como o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro de Mato Grosso (Seeb- MT), mas nas duas categorias os profissionais devem sair para a manifestação das 14h
Na área de educação também tem paralisação. Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) suspenderam as aulas nos três períodos deste dia. Profissionais da educação ligados ao Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), a Associação dos Docentes da UFMT (Adfumat), Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat) e ao Sindicato nacional dos Servidores Federal da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinafese) devem ser os mais numerosos no ato.
Contra a reforma da Previdência, ato está programado para as 14h, na praça Ipiranga, em Cuiabá. A passeata deve seguir pelas principais avenidas do centro, como a Getúlio Vargas, Tenente Coronel Duarte e a Avenida Mato Grosso.
A Polícia Militar informou que traçou um plano de ação para acompanhar as manifestações. 100 policiais militares e 15 viaturas estarão nas proximidades do ato para oferecer apoio.