Política

Após denúncias de abandono, Governo do Estado toma partido

Limpeza, segurança e iluminação. Depois de um período de ‘trevas’, devido ao abandono do espaço, a Arena Pantanal passa por uma nova fase de revitalização, após ter sérios problemas denunciados pela imprensa local e nacional. Mesmo depois de ter declarado que o Executivo não iria “pregar um prego” no estádio sem que ele fosse finalizado pela empreiteira responsável, o governador Pedro Taques (PDT) aparentemente mudou de ideia e promoveu alguns ajustes para a logística da obra, que custou mais de R$ 600 milhões aos cofres públicos do Estado.

Uma das principais obras da Copa do Mundo de 2014, o estádio recebeu quatro jogos do Mundial, além de importantes partidas de times locais e de outros Estados. Tudo corria bem até que o descaso por parte do poder público começou a ser registrado por frequentadores locais que, por vezes, se mobilizavam para limpar quilos e mais quilos de lixo espalhados no entorno da Arena localizada na região do Verdão, na Capital.

Hoje, o que se vê é uma limpeza constante por parte de garis que executam os serviços na região, cavalhadas da Polícia Militar fazendo rondas no espaço, com o apoio da base instalada próximo ao local, iluminação trocada, entre outros pontos positivos, percebidos facilmente ao chegar ao entorno.

Vendedor ambulante instalado ao lado do estádio desde o ano passado, Walderson Francisco dos Santos disse que, de fato, muitas melhorias foram percebidas após as denúncias veiculadas no país. Ele disse que, além da sujeira, o local era tomado por usuários de drogas que usavam o local para sustentar o vício e comercializar entorpecentes.

“Lógico que ainda falta muita coisa para melhorar de vez o estádio, mas posso dizer que 88% dos problemas já foram resolvidos. Agora tem pessoal até à noite limpando, policiais fazendo ronda constantemente e os usuários de drogas acabaram saindo do espaço. Melhorou muita coisa”, analisou.

O feirante Everton Bravo, que faz caminhadas diárias no entorno da Arena, disse que, embora muita coisa tenha melhorado, ainda há problemas quanto à depreciação do espaço. Ele apontou que não há cuidados necessários quanto à manutenção da obra.
“Ainda vejo depreciação no piso, algumas luminárias quebradas, bordas de degraus quebrados, entre outros problemas que ainda não foram sanados pelo governo. Percebi que houve melhorias, mas muitas coisas devem ser melhoradas ainda”.

Para a dona de casa Epifânia Vera, moradora da região, falta conscientização por parte da população, que não colabora para manter o espaço que demorou para ser inaugurado e custou milhões ao bolso dos cidadãos.

“Tem muita gente que joga lixo no chão, quebra as grades e não se importa em manter o espaço. As pessoas têm que entender que esse é um patrimônio nosso e que temos responsabilidade também em manter o lugar, para que ele seja bom o tempo todo. Eu, por exemplo, sempre levo uma sacolinha na bolsa para o caso de precisar jogar lixo e não ter um cesto por perto. É simples e as pessoas custam a entender”, desabafa.

Leia reportagem na íntegra

 

Noelisa Andreola

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