Agentes de trânsito (os chamados ‘amarelinhos’) da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos da Capital (SMTU) deram início a um protesto nas redes sociais, contra ao que eles chamam de assédio moral e arbitrariedade por parte da Prefeitura.
O fato ocorre na semana em que dois amarelinhos foram desligados da Prefeitura de Cuiabá, após conclusão de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) insaturado pela corregedoria-geral do município, que identificou suposta insubordinação e abandono do posto de trabalho dos servidores.
Além das demissões de Alan Ronaldo Ramos e Luís Rogério Ferreira Olímpio, outros 34 agentes foram suspensos, sem remuneração. As suspensões variam de 30 a 65 dias.
Em sinal de protesto contra a ação do executivo municipal, os servidores criaram uma página de protesto no facebook. O objetivo é a readmissão dos agentes demitidos.
Em uma das publicações da página, os servidores afirmam que o desligamento e as suspensões realizadas foram ações arbitrárias, em resposta à greve realizada pela categoria no início da gestão de Mauro Mendes (PSB).
“O mais curioso disso tudo, é que antes mesmo da abertura do PAD já comentavam na SMTU que dois agentes seriam demitidos, isso mostra que não existe nenhuma parcialidade na apuração dos fatos por meio da Corregedoria do Município. Tudo isso para servir de exemplo que não se deve afrontar o secretário (Antenor Figueiredo) e nem o prefeito, pois quem comanda o município e secretaria são eles”, diz trecho da publicação.
Amarelinhos são demitidos por abandono de serviço
Um dos servidores demitidos, Alan Ramos, publicou seu depoimento na página, e afirmou ser vitima de perseguição. “Estou sendo criminalizado por lutar pode direitos que o Prefeito tem a obrigação de acatar, direitos outrora conquistados com a morte de trabalhadores, direitos que cada cidadão tem garantido na Constituição. Se eu como representante de classe não posso me opor ao estado, quem vai lutar pelos direitos do trabalhador, por ter me levantado contra a perseguição fui criminalizado e punido injustamente”.