Mas a troca de farpas, aparentemente, ficou para trás. Hodgson resolveu jogar um balde de água fria na polêmica e enviou uma carta ao governador do Estado, Omar Aziz (PSD), na qual descreve Manaus como "maravilhosa cidade". A Associação de Futebol da Inglaterra se comprometeu a fazer uma visita à capital do Amazonas em fevereiro.
Além disso, Hodgson escreveu que pretende passar quatro dias em Manaus. A seleção inglesa deve chegar à cidade no dia 12 de junho, jogar contra a Itália no sábado, dia 14, e ainda passar uma noite no hotel credenciado pela Fifa.
"Estou particularmente propenso em fazer contato com o senhor depois das notícias proferidas pela imprensa no ano passado. Eu gostaria de deixar registrado que estou ansioso
para visitar sua cidade, aprender sobre a cultura e a história e, claro, conhecer as pessoas! Será um dos momentos mais esperados do torneio para nós", diz a carta de Hodgson.
O tom diplomático do texto do treinador inglês continua ao falar dos torcedores. "Tenho certeza que nossos fãs acharão sua cidade muito aconchegante e ficarão envolvidos com o espírito da Copa." Mais adiante, Hodgson lembra que o comportamento dos ingleses nas arquibancadas tem melhorado: "Seu entusiasmo e comportamento foram considerados exemplares (…) sem ocorrência de prisões."
Em resposta, Aziz disse que ficou satisfeito com a carta. "Vamos receber os ingleses com o carinho e o calor humano peculiares aos amazonenses. Temos belezas naturais a mostrar, costumes e uma culinária singular que enriquecerão as expectativas de vida e profissionais dos jogadores e equipe técnica", disse o governador.
Toda a polêmica envolvendo os ingleses e os amazonenses começou em dezembro. Antes do sorteio da Copa, Hodgson declarou que a capital do estado era um local "a ser evitado" durante a Copa por causa do clima. "Manaus não é o lugar ideal para jogar futebol porque fica no meio da floresta tropical, da selva amazônica, onde as temperaturas e a umidade são muito maiores do que em qualquer outra parte do país", disse, à época.
A resposta veio logo. O prefeito manauara, Arthur Virgílio Neto (PSDB), disse que torcia para receber uma "seleção melhor, com mais futebol e com um técnico mais sensível, culto e educado". Novos problemas surgiram quando o jornal britânico Daily Mirror disse que Manaus é uma das "capitais mais mortais do mundo". Estado e prefeitura chegaram a divulgar uma visita à Londres para divulgar os lados bons de Manaus.
A Arena da Amazônia ainda não tem data para ser inaugurada, embora o governo do Amazonas garanta sua abertura para fevereiro.
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