De acordo com a Polícia Civil, o garoto foi morto no dia 4 de abril com uma injeção letal, o que ainda deverá ser confirmado pela perícia. O corpo foi encontrado 10 dias depois enterrado em um matagal em Frederico Westphalen. A criança morava com o pai, a madrasta, Graciele Ugolini Boldrini, e a irmã de um ano de idade, filha do casal. Além do pai e da madrasta, a amiga do casal Edelvania Wirganovicz foi presa por suspeita de participação no crime. Os três estão detidos em local não revelado pela polícia por medida de segurança.
Durante a missa, os amigos pediram justiça, dedicaram uma música e leram uma mensagem que lembrava como era Bernardo. Depois da celebração, as pessoas saíram em caminhada pelas ruas da cidade e foram até a casa onde o menino morava com o pai e a madrasta. No local, foram feitas mais homenagens.
Moradores de Três Passos acenderam velas e depositaram chaves nas grades, já que, de acordo com os amigos, Bernardo desejava ter as chaves da residência. Durante todo o final de semana, o policiamento foi reforçado nas ruas próximas à casa após a Brigada Militar receber uma denúncia de que o local poderia ser incendiado.
Entenda o caso
Segundo a família, Bernardo havia sido visto pela última vez no dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.
Depois de o pai registrar o desaparecimento do menino, a polícia começou a investigar o caso. O corpo do garoto foi localizado em Frederico Westphalen na segunda-feira (14). De acordo com a delegada Caroline Virginia Bamberg, responsável pelo caso, o menino foi morto por uma injeção letal, o que ainda precisa ser confirmado por perícia. A investigação dirá ainda se a vítima foi dopada antes de ser morta.
De acordo com a polícia, no início da tarde do dia 4 de abril a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. A mulher trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.
“O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada”, relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.
A delegada diz que a polícia tem certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do menino. "Precisamos identificar o que cada um fez para a condenação", afirmou Caroline.
G1