O Boletim Semanal da Cesta Básica, apurado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), mostrou um recuo de 0,69% no preço do mantimento na última semana de novembro, atingindo R$ 814,25. O valor atual está R$ 5,63 mais barato do que o apurado na semana anterior, quando bateu recorde de preço e chegou a R$ 819,88. Além disso, a cesta segue aumentando sua variação no comparativo anual, dessa vez, ficando 11,32% maior sobre o mesmo período do ano passado.
Ainda assim, com as consecutivas altas observadas nas últimas semanas, novembro fechou o mês com o maior custo médio já averiguado pelo Instituto da Fecomércio, em R$ 812,28. O presidente da entidade, José Wenceslau de Souza Júnior, destacou a alta variação observada no penúltimo mês do ano.
“Apesar de o mantimento apresentar queda de preço na última semana de novembro, a média mensal levantada pelo nosso Instituto é a maior já mensurada na capital mato-grossense, pois está 4,87% mais caro sobre o mês anterior, quando ficou em R$ 774,54”, explicou o presidente da Federação.
Na variação semanal, mesmo o levantamento do Instituto mostrando um maior número de produtos com aumento de preço, o recuo mais expressivo no custo da batata, tomate e banana ajudou a diminuir o preço da cesta na última semana de novembro. O tubérculo registrou uma variação negativa de 12,13% na última semana sobre a anterior e fechou o mês com um valor médio de R$ 7,49/kg. O segundo recuo consecutivo pode estar associado ao aumento da disponibilidade da batata, devido ao período de colheita recente.
Outro item com recuo considerável foi o tomate, que apresenta sua terceira redução também de forma consecutiva. Ao custo médio de R$ 5,20/kg, o fruto apresenta uma redução semanal de 2,78%, o que pode estar atrelada ao aumento da oferta do produto no mercado.
Já em uma sequência de cinco quedas consecutivas, a banana atinge o menor valor das últimas nove semanas, chegando a R$ 10,02/kg na média. A redução semanal de 2,75% pode estar relacionada a uma diminuição na procura do produto neste fim de ano. Ainda assim, o preço atual está 10,41% superior ao comparado com o mesmo período de 2023.
Wenceslau Júnior concluiu que “Mesmo a última semana de novembro apresentando uma redução no custo do mantimento, o quilo da carne continua a subir pela oitava semana seguida. A inflação no preço do produto, que já chega a 20,23% de aumento neste período, pode interferir diretamente no consumo do item nas festas de fim de ano”. O produto apresenta um custo médio de R$ 44,22/kg, o maior da série histórica apurado pelo IPF-MT.