Nacional

Após atrasos de voos em Belém, MPF entra na Justiça contra Infraero

 
O autor da ação é o procurador da República Bruno Araújo Soares Valente. De acordo com o MPF, caso a Justiça Federal aceite o pedido, aqueles que se sentiram prejudicados devem entrar com ações para informar os valores dos prejuízos e cobrar o cumprimento da sentença. A ação foi ajuizada na última segunda-feira (14), e aguarda análise pela Justiça.
 
Além da indenização, o procurador também pediu à Justiça Federal que obrigue Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a estabelecer procedimentos a serem adotados pelas companhias aéreas em situações de excepcional aumento de demanda de passageiros. O MPF pede que o prazo para publicação dessas regras seja de 90 dias.
 
A insegurança na pista principal do aeroporto de Belém começou a ser relatada pela companhia área TAM à Infraero, que alertava sobre o acúmulo de água no local, o que representa riscos para pousos e decolagens.
As reclamações começaram a surgir após a pista ter passado por reformas. A obra foi iniciada em setembro de 2013, dois meses depois da abertura da licitação, quando uma empresa de engenharia foi contratada pela Infraero para recuperação parcial do revestimento asfáltico. O valor do contrato foi de R$ 5,6 milhões, com prazo de 90 dias para execução da obra, contados a partir da emissão da ordem de serviço.
 
Em 26 de dezembro, quando a obra estava com 82% do valor contratado executado, a Infraero cancelou o contrato alegando que não seria possível dar prosseguimento aos serviços porque a Anac não havia autorizado obras na pista durante o período de chuvas na região. Em janeiro deste ano, a Tam decidiu suspender pousos e decolagens no aeroporto durante situações de chuva forte ou moderada, sob a alegação de que a pista não fornecia condições adequadas de segurança, informa o MPF.
 
A Infraero declarou inicialmente não haver qualquer irregularidade na pista que justificasse a decisão tomada pela Tam, baseando-se no fato se que nenhuma das demais empresas que operam em Belém haviam tomado medida semelhante. No entanto, ainda em janeiro a Anac proibiu todas as companhias aéreas de operar na pista principal do aeroporto internacional de Belém em caso de ocorrência de chuva forte ou moderada.
 
A Infraero passou então a concentrar esforços em obras de emborrachamento da pista, para aumentar o coeficiente de atrito, o que não se mostrou suficiente. Alertas de pista escorregadia continuaram a ser reportados durante todo o mês de fevereiro.
 
Constatado que o problema não estava relacionado ao índice de atrito da pista, mas sim ao acúmulo de água, a Infraero abriu licitação para a realização de ranhuras na pista, para melhorar seu sistema de drenagem pluvial.
 
G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus