Representantes dos bancários em greve e dos bancos voltam a se reunir nesta terça-feira (20) na tentativa de encontrar uma saída para o impasse e o fim da greve nacional a categoria, que já está no 15º dia.
A nova rodada de negociação está marcada para acontecer a partir das 16h, em São Paulo, e reunirá representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Esta é a primeira vez que grevistas e bancos se sentarão para negociar desde que a greve foi deflagrada no dia 6 de outubro.
Em nota, a federação patronal disse que "espera que seja construído na mesa de negociação um acordo que atenda aos interesses de ambas as partes".
O comando da greve disse que o convite para a nova rodada de negociação foi feito no início da noite de segunda-feira (19), via e-mail.
Segundo Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, a expectativa é por uma oferta melhor. "Nós queremos a reposição da inflação, mais ganhos real", disse.
O que pede a categoria
A greve foi iniciada no dia 6. Os bancários pedem reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82. A categoria também reivindica vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada. A categoria também pede pagamento para graduação e pós, além de melhorias nas condições de trabalho e segurança.
A proposta inicial apresentada pelos bancos e rejeitada em assembleias, oferecia reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23. A Federação propôs ainda PLR pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16). Foram também propostos os seguintes benefícios: auxílio-refeição de R$ 27,43, auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 454,87,auxílio-creche/babá de R$ 323,84 a R$ 378,56, gratificação de compensador de cheques de R$ 147,11, qualificação profissional de R$ 1.294,49, entre outros.
Mais de 12 mil agências fechadas
Balanço divulgado na véspera pera Contraf informa que o número de agências fechadas no país subiu para 12.496, além de 44 centros administrativos.
De acordo com o Banco Central, o país tem 22.975 agências instaladas no país.
Os bancos não fazem levantamentos sobre o impacto da paralisação das agências, mas destacam que as instituições oferecem diversos canais alternativos para a realização de transações financeiras.
De acordo com a Febraban, os clientes poderão fazer saques, transferências e outras operações por canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular (mobile banking), telefone, além de casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos credenciados.
Veja como ficam os saques do FGTS
Para quem precisa fazer saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a Caixa Econômica Federal informou que as opções variam de acordo com o valor da operação.
Para saques de até R$ 1,5 mil:
O serviço pode ser realizado em unidades lotéricas, e o cidadão precisa estar portando o Cartão Cidadão.
Também é possível fazer o saque pelo serviço dos correspondentes "Caixa Aqui".
Pelos terminais eletrônico (caixas automáticos e salas de autoatendimento), é possível fazer os saques com o cartão magnético.
Para valores de até R$ 700, também é possível sacar nas salas de autoatendimento das agências, informando o número do PIS/PASEP/NIT/NIS e senha.
Para saques acima de R$ 1,5 mil:
A Caixa diz que, para esses casos, é necessário ser atendido em uma agência. O mesmo vale para quem não possui o Cartão Cidadão.
"Nos locais onde não houver agência da Caixa, o saque deve efetuado no banco conveniado onde foi feita a solicitação do benefício. Na ocasião, o trabalhador cujo contrato de trabalho foi rescindido deve levar a documentação exigida", diz a Caixa.
Fonte: G1