Mundo Tecnológico

Aplicativo permite troca de mensagem sem conexão com internet

Fabio Daneze e Marcos Borges, desenvolvedores do aplicativo Popin, no Web Summit 2015, em Dublin, Irlanda (Foto: Web Summit/Splento/Divulgação)

Selecionados para o programa Alpha do Web Summit, os gaúchos Marcos Borges, Ana Cecília Nunes e Fabio Daneze foram a Dublin, Irlanda, apresentar o aplicativo que desenvolveram em Porto Alegre. O Popin é uma plataforma que permite a troca de mensagens sem conexão com a internet. Disponível para iOS, a ferramenta funciona com bluetooth low energy – que consome pouca bateria.

O período na Europa, embora breve, serviu para networking. “Fizemos contato com pessoas que têm negócios semelhantes e com interessados nessa área de comunicação. Participar do Web Summit, depois de todo o processo de seleção, é um reconhecimento. Na questão estratégica, é muito importante a proximidade com grandes startups”, destaca Ana Cecília, analista de negócios e marketing. Como prêmio, os participantes do programa Alpha ganham um um estande para expor seu projeto por um dia durante do evento.

A ideia que motivou a criação do Popin foi aproximar pessoas desconhecidas que estão perto umas das outras – dentro do raio de alcance do bluetooth. “As redes sociais são muito boas para conectar quem já se conhece. O app funciona em locais muito cheios, como estádios, ou sem sinal de internet, como metrô”, diz Borges, designer e desenvolvedor.

O sinal de internet, aliás, só é necessário no primeiro login, feito a partir do perfil do usuário no Facebook. Depois disso, enquanto o Popin estiver sendo executado, o bluetooth basta. A paquera pode ser um de seus principais usos, mas a ferramenta também pode ajudar profissionalmente, facilitando a troca de contatos com o envio de cartões de visita. “Nós enxergamos alguns usos, mas as pessoas podem encontrar suas maneiras”, comenta Ana Cecília.

Em teste
O Popin ainda está em fase de testes. De acordo com Borges, no primeiro fim de semana, foram feitos 2 mil downloads. “Chegamos a ter 4 mil usuários no Brasil, mas esse número caiu porque ainda não fizemos uma campanha de divulgação muito grande”, explica.

Para funcionar bem, o Popin precisa estar disseminado entre pessoas que estejam fisicamente perto das outras. Para isso, será necessário focar em públicos específicos. “Estamos montando estratégias com universidades e eventos. Assim, teremos pessoas próximas usando o app”.

A funcionalidade mais curiosa do Popin é o recurdo das mensagens secretas de texto ou imagem. Quando utilizado, o balão de diálogo esconde as palavras ou a foto com uma textura aplicada sobre o conteúdo, que só fica visível usando o recurso da lupa. Se o receptor da mensagem tirar um print da tela, na tentativa de "montar a foto", o aplicativo envia um alerta a quem a enviou e apaga o arquivo da memória do celular.

Além disso, o Popin traz um carrossel, que permite enviar um card do perfil no Facebook. Isso substitui o envio da URL – normalmente de difícil memorização. Os desenvolvedores trabalham na implantação de cards do LinkedIn.

Nas próximas versões do Popin, deve ser possibilitada a criação de uma lista de amigos. Depois, a ideia fazer com que o aplicativo funcione também via internet, “para quem quiser manter contato mesmo longe”, afirma Borges.

O app também está disponível para Apple Watch. A empresa trabalha na elaboração de uma versão para Android.

 

 

 

Fonte: G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Mundo Tecnológico

Empresa de Eike vai levar a Campus Party para o Rio

"Já temos apoio das três esferas governamentais [prefeitura, governo do Estado e governo federal] e, em março, faremos a primeira
Mundo Tecnológico

Google é acusado de exibir publicidade racista

Segundo ela, ao pesquisar por nomes de origem africana, como 'Kareem' e 'Keisha', é comum começar a ver anúncios direcionados