Cidades

Apenas 1,3% do lixo são reciclados em Cuiabá

Menos de 2% de todo lixo recolhido em Cuiabá é reciclado pelas quatro cooperativas da cidade. Estas instituições contam com o serviço de 88 cooperados, sendo alguns ex-catadores do antigo lixão da capital. Embora a reciclagem seja algo rentável tanto para o mercado de trabalho quanto para a preservação do meio ambiente, o que se vê é o descaso que resulta no acúmulo excessivo de lixo, uma vez que o número total dos resíduos chega a 550 toneladas ao mês.

Entre outras dificuldades, estes espaços sofrem diretamente com as medidas adotadas pela prefeitura. Como a suspensão do aluguel do único galpão contemplado pelo Executivo municipal. Ato que pode dificultar o serviço dos trabalhadores e também a preservação do meio ambiente.

O coordenador da Cooperativa de Trabalho e Produção de Material Reciclável (Coopemar), Wanderley Covenage, contou que em poucos dias todos os 20 trabalhadores da instituição terão que se organizar para iniciar as atividades ao lado do aterro sanitário, localizado a 8 km do barracão, localizado no Jardim Umuarama. 

“Já sofremos com a distância deste barracão, pois o caminhão não traz uma quantidade grande de material para que ele seja reciclado, por conta da localidade. Um trabalhador que começou o serviço aqui tirava em torno de R$ 400, hoje ele tira até R$ 1.000 com o programa de conscientização que fizemos em alguns bairros. Mas com estes impasses, como a mudança, corremos o risco de desmotivar todos os envolvidos e termos prejuízos”.

A cooperativa, que atende cinco bairros da capital, está em atividade há dois anos. Covenage explica que uma grande ação foi feita para que moradores se conscientizassem da coleta seletiva de lixo, e em alguns locais a separação de materiais é contemplada por quase todos os residentes.

“Os moradores acham ótimo este tipo de serviço, pois colabora muito com o meio ambiente. Antes disponibilizávamos sacolas especiais para que todo lixo reciclável fosse depositado dentro, porém a prefeitura suspendeu a confecção do material há 90 dias, o que desmotivou boa parte deles”.

Embora haja o desligamento dos serviços das sacolas, alguns moradores se dispuseram a comprar um material semelhante, para ajudar na coleta. Outros já fizeram uma ação coletiva, como é o caso do bairro Bosque da Saúde, que se mobilizou para confeccionar as próprias sacolas para que o serviço não fosse prejudicado.

“Quando a prefeitura parou de dar as sacolas foi ruim, pois muitos disseram que não iriam separar o lixo se não tivessem as sacolas. Mas o Bosque da Saúde foi um exemplo claro do quando a sociedade tem se motivado a ajudar na reciclagem do lixo”.

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Noelisa Andreola

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