Política

Ao lado de ministros e Maia, Temer não comenta segunda denúncia

Um dia após ser alvo da segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, o presidente Michel Temer participou nesta sexta-feira, 15, de evento no Rio de Janeiro ao lado de seus fieis escudeiros e longe da imprensa.

Os jornalistas não tiveram acesso ao local da cerimônia de inauguração do centro de radiocirurgia do Instituto Estadual do Cérebro, onde estavam reunidos os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Ricardo Barros (Saúde) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo); o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e seu pai, o vereador César Maia; e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Barros (PP), defendeu Temer ao comentar a nova denúncia por organização criminosa e obstrução da Justiça apresentada contra o presidente e outros ministros de governo na quinta-feira, 14, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Segundo Barros, a denúncia não interfere nem paralisa o governo. "As questões jurídicas ficam para o Judiciário", afirmou Barros a jornalistas, após a cerimônia de inauguração do centro de radiocirurgia do Instituto Estadual do Cérebro, no Rio. "Estamos governando plenamente. Essas questões não interferirão na determinação do presidente Temer de entregar um País melhor do que recebeu", declarou Barros.

Barros integrou a comitiva de Michel Temer no evento, que contou também com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e os ministros da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy (PSDB), e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco (PMDB). O vereador e ex-prefeito Cesar Maia (DEM), pai de Rodrigo Maia, também participou da cerimônia entre as autoridades. Em seu discurso, Temer não fez menção à nova denúncia de Janot.

Inquérito

Além da segunda denúncia apresentada por Janot, o presidente da República passou a ser alvo de uma nova investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), após o ministro Luís Roberto Barroso decidir pela abertura de inquérito contra Temer para apurar fatos relacionados ao Decreto dos Portos, editado em maio deste ano. A apuração se dará sobre possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.

A necessidade de uma investigação sobre a edição do Decreto dos Portos foi inicialmente apontada pelo procurador em junho, quando a PGR enviou ao Tribunal a denúncia contra o Temer por corrupção passiva. Analisando o que foi informado pela PGR, Barroso disse que há “elementos suficientes para instauração e inquérito”.

As suspeitas sobre o presidente da República em torno da edição do Decreto dos Portos surgiram a partir de uma conversa de pouco mais de 2 minutos com Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Temer, interceptada pela Polícia Federal em 4 de maio. Loures estava grampeado. O deputado tentava saber sobre a assinatura do Decreto dos Portos e Temer informou o parlamentar que iria assinar o decreto na outra semana.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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