A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adotou uma medida preventiva e recolheu um medicamento que pode ter sido contaminado durante o processo de fabricação. Trata-se do Losartana Potássica 50 mg, para o qual foi citada a possível presença de impurezas. O recolhimento voluntário foi iniciado pela própria empresa fabricante.
Publicada no Diário Oficial da União na manhã desta quarta-feira (8), a resolução informa que a suspensão se aplica à comercialização, à distribuição e ao uso do produto. A empresa responsável pelo medicamento é a Vitamedic Indústria Farmacêutica LTDA.
O comprimido genérico costuma ser indicado para pacientes com hipertensão (também conhecida como "pressão alta") ou que enfrentam algum caso de insuficiência cardíaca. O remédio pode ser recomendado ainda para tratamento de diabetes tipo 2 e de proteinúria (proteína na urina).
Em comunicado publicado, a empresa afirma que os recolhimentos são uma medida de precaução iniciada pelas próprias empresas, pois não existem dados para sugerir que o produto que contém a impureza causou uma mudança na frequência ou natureza dos eventos adversos relacionados a cânceres, anomalias congênitas ou distúrbios de fertilidade. Sendo assim, não há risco imediato em relação ao uso dessa medicação.
"Essas impurezas advêm do processo de fabricação do insumo farmacêutico ativo e sua presença era desconhecida até a publicação de estudos que indicassem a sua possível formação durante a síntese da substância losartana. As medidas indicadas nesses casos têm impacto em todo o mercado de consumo de losartana, não se restringindo apenas ao Brasil", informou.