Nesta quarta-feira, protestos do MTST bloquearam 21 pontos de avenidas e estradas em sete Estados do País. Bloqueios devem acontecer durante a tarde em São Paulo, Piauí e Espírito Santo.
Os protestos marcados para o que foi chamado de "Dia Nacional de Luta pela Reforma Urbana" pediram o lançamento do Minha Casa Minha Vida 3 e marcaram oposição ao avanço do discurso de direita, simbolizado pela manifestação de domingo(15), segundo os líderes do MTST em coletiva nesta quarta-feira.
"O ajuste fiscal está sendo feito de maneira desastrada e já ceifou verbas para a moradia", afirmou Guilherme Boulos, se referindo ao corte do programa Minha Casa Melhor e ao atraso da terceira fase do Minha Casa Minha Vida.
Para ele, os protestos desta quarta-feira foram um recado de que há insatisfação da população sobre os cortes de direitos sociais e dos trabalhadores.
"Nossa expectativa é que o governo federal acorde e tome medidas populares. Se atente às reformas essenciais, como a reforma urbana, a política, a tributária, com a taxação de grandes fortunas", disse Boulos
Segundo ele, as marchas não apoiam o governo de Dilma ou os movimentos que pedem seu impeachment. "Ser contra o golpismo, o discurso de ódio, a intolerância não é apoiar o governo"
Boulos afirmou também que o MTST "não vai assistir calado à defesa da intolerância” e disse que as manifestações podem voltar a acontecer.
O MTST estima que 20 mil pessoas tenham participado dos protestos em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Ceará, Paraíba e Bahia.
Fonte: iG