Nacional

ANS suspende comercialização de 70 planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a comercialização de 70 planos de 13 operadoras de saúde com base em reclamações feitas por beneficiários no 2º trimestre deste ano. A proibição da venda começa a valer a partir desta sexta-feira, dia 30. A lista faz parte do Monitoramento da Garantia de Atendimento, que acompanha regularmente o desempenho do setor, e foi divulgada nesta segunda-feira, 27.

 

De acordo com a ANS, 1,6 milhão de beneficiários ficam protegidos com a medida. "Os planos só poderão voltar a ser comercializados para novos clientes se as operadoras apresentarem melhora no resultado no monitoramento", informa a agência.

 

Somente a operadora Amil teve 45 planos suspensos para comercialização. A respeito da suspensão temporária de alguns de seus produtos pela ANS, a Amil afirma que todas as notificações foram devidamente tratadas pela empresa. "Desde o início do ano, a Amil instituiu célula de acolhimento para casos que se referem à rede credenciada, novo fluxo para busca de rede, agendamento e direcionamento nas centrais de atendimento, expansão da coleta domiciliar gratuita e inclusão de hospitais em sua rede credenciada, entre outras ações cujo objetivo foi aperfeiçoar os serviços aos seus beneficiários", informou a operadora.

 

A Amil reforça ainda que, de acordo com a regulação, a suspensão é de caráter temporário e é reavaliada pela agência em ciclos trimestrais. "O atendimento aos clientes atuais vinculados a esses produtos continua totalmente assegurado, bem como a comercialização de demais produtos não suspensos já oferecidos pela empresa", disse.

 

A empresa assegura que as ações tomadas e novas em andamento serão refletidas no monitoramento em curso e segue à disposição por meio de seus canais de atendimento.

 

Também foram divulgados pela ANS os planos que poderão voltar a ser comercializados. Conforme o monitoramento, são 40 planos de sete operadoras de saúde.

 

A agência afirma que as 37.936 reclamações foram analisadas entre 1º de abril e 30 de junho de 2022. As queixas estão relacionadas com descumprimento de prazos máximos para a realização de exames, consultas e procedimentos cirúrgicos, assim como negativa de cobertura assistencial.

 

Em nota, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) reforça o compromisso das operadoras de planos de saúde com o aprimoramento contínuo de seus processos especialmente quando ocorre a suspensão de comercialização, que é determinada pelo órgão regulador, a ANS, concedendo prazo para que a operadora possa ajustar a operação.

 

Segundo a entidade, atualmente são quase 50 milhões de beneficiários de planos de saúde que juntos realizam mais de 1,5 bilhão de procedimentos por ano, uma média de 30 procedimentos para cada beneficiário coberto, sendo consultas, internações, terapias e exames, incluindo tratamentos de baixa, média e alta complexidade, urgências e emergências.

Redação

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