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ANS aprova 1ª cirurgia robótica com cobertura obrigatória por planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou na última sexta-feira, 5, a incorporação da prostatectomia radical assistida por robô ao rol de procedimentos de cobertura obrigatória pelos planos de saúde. O procedimento é o método cirúrgico mais avançado para o tratamento do câncer de próstata.

A cirurgia é o primeira do tipo robótico a ser definida como obrigatória no rol de procedimentos e eventos em saúde com cobertura pelas operadoras do País.

Segundo a ANS, a decisão passa a valer em abril do próximo ano, prazo para que as operadoras se adaptem. A medida foi baseada em recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), publicada em outubro de 2025.

No SUS, já existe uma infraestrutura de 40 plataformas robóticas para a realização da operação em pacientes com esse tipo de tumor. Pela legislação, com a aprovação no sistema público, a ANS também deve incluir o procedimento no rol da saúde suplementar.

A agência informa, no entanto, que a adoção da tecnologia enfrenta o desafio da interiorização, já que a maior parte dos equipamentos está concentrada nas regiões Sul e Sudeste.

Benefícios

Tratamentos cirúrgicos robóticos, especialmente nos casos de câncer de próstata, costumam ter melhor aceitação por parte dos pacientes, como mostrou o Estadão. A tecnologia permite maior precisão durante a cirurgia, reduz sangramentos, diminui o tempo de internação e melhora os resultados funcionais em comparação com técnicas tradicionais.

E, embora não sejam nulos, os riscos de efeitos colaterais são menores com a cirurgia robótica. A probabilidade de incontinência após a cirurgia robótica varia de 2% a 3%, enquanto na convencional a taxa é de 5%. O procedimento também minimiza a chance de o paciente desenvolver disfunção erétil. A redução no risco dessas sequelas em cirurgias urológicas é uma das principais vantagens do uso da robótica no procedimento.

Câncer de próstata no Brasil

Cerca de 70 mil novos diagnósticos de câncer de próstata costumam ocorrer por ano no País, o que faz desse tumor o mais incidente na população masculina. O principal fator de risco é a idade – a maior parte dos casos acontece após os 60 anos.

Anualmente, cerca de 16 mil homens morrem em decorrência da doença, principalmente por causa de diagnósticos tardios.

Os exames preventivos utilizados para detectar a doença são o PSA (exame de sangue) e o toque retal, indicado a partir dos 50 anos – ou 45, em caso de histórico familiar de câncer de próstata.

Estadão Conteudo

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