Opinião

ANIMAÇÃO INDÍGENA NAS FÉRIAS ESCOLARES

No Rio, o Anima Mundi, Festival Internacional de Animação do Brasil, teve como destaque a pré-estreia de ‘O Pequeno Príncipe’. Não é preciso ficar com água na boca porque aqui há espaços cinematográficos consagrados. O CineSesc Arsenal oferece sessões gratuitas de cinema, com exibições de produção nacional e internacional. O Cineclube Coxiponês da UFMT também destaca-se como importante espaço cinematográfico.

Enquanto ‘O Pequeno Príncipe’ não chega e o Anima Mundi acontece longe daqui, que tal criar uma seleção doméstica para a garotada em férias? A sugestão é uma Mostra de Animação Indígena, com pesquisa no You Tube. A primeira dica vai para ‘Nossos índios, nossas histórias’ (7’12’’), do povo Bororo (https://www.youtube.com/watch?v=64MISgBIr9A). A segunda é ‘Awara Nane Putane: uma história do cipó’ (22’21’’), do povo Pano (https://vimeo.com/72352580). Em seguida, ‘Pajerama’ (9’03’’), sobre o meio ambiente (https://youtube.com/watch?v=BFzv0UhHcS). Na sequência, ‘Grafismo Indígena’ (1’17’’), da pintura corporal do povo Assurini (https://www.youtube.com/watch?v=onah4R4uhUE). Ilya e o fogo  (5’43’’) apresenta o mito de origem do fogo (https://www.youtube.com/watch?v=WC2C5pNMtv4). Sobre astrologia, ‘Planetário Indígena’ (7’06’’), que ensina o significado das estrelas para os índios (https://www.youtube.com/watch?v=tjKcOyS4tmg). Por último, ‘A lenda do dia e da noite’ (9’04’’), mito Karajá (https://www.youtube.com/watch?v=I04c8Jck2wg).

Após as sessões, deve acontecer uma roda de conversa sobre as impressões da garotada e, depois, papel, lápis de cor, giz de cera e caneta hidrocor para produção de desenhos que pode ser divulgada em exposição, em varal de barbante de algodão com pregadores coloridos, esticado nos condomínios e nos muros das calçadas junto às cadeiras, à claridade do crepúsculo.

A Mostra de Animação Indígena pode ser um jeito de comemorar o ato do Papa Francisco que pediu “desculpas aos povos indígenas da América Latina pela cumplicidade da Igreja Católica com a opressão dos países europeus na era colonial”. Ah! Não esqueçam da pipoca e do guaraná!

Anna Maria Ribeiro Costa

About Author

Anna é doutora em História, etnógrafa e filatelista e semanalmente escreve a coluna Terra Brasilis no Circuito Mato Grosso.

Você também pode se interessar

Opinião

Dos Pampas ao Chaco

E, assim, retorno  à querência, campeando recuerdos como diz amúsica da Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul.
Opinião

Um caminho para o sucesso

Os ambientes de trabalho estão cheios de “puxa-sacos”, que acreditam que quem nos promove na carreira é o dono do