Jolie disse que o Conselho da ONU –formado por Rússia, China, Estados Unidos, França e Reino Unido– deve "mostrar determinação" para defender as milhares de vítimas de agressões sexuais durante as guerras. "O mundo ainda tem de assumir os estupros em zonas de guerra como uma prioridade", afirmou.
"O estupro é uma arma de guerra, uma ameaça à segurança. Lutar contra a violência sexual é uma responsabilidade de vocês", declarou ainda.
A atriz foi ao Conselho depois de visitar campos de refugiados de sírios na Jordânia, onde relatou ter conversado com uma mulher que foi estuprada na Síria e que tem medo de ser morta se denunciar o crime.
Jolie também contou que em outra viagem à República Democrática do Congo, havia conversado com a mãe de uma menina de cinco anos, cuja filha tinha sido estuprada em frente a uma delegacia.
"As duas foram vítimas de uma cultura da impunidade. Essa é a triste, preocupante e vergonhosa realidade", declarou.
"Entendo que haja muitas coisas difíceis a serem discutidas no Conselho de Segurança, mas a violência sexual em conflitos deveria ser uma delas", acrescentou.
O Conselho adotou uma resolução que condena o uso da violência sexual em conflitos. E o chefe da diplomacia britânica, William Hague, disse que organizará uma nova reunião sobre o tema na Assembleia Geral da ONU, que será realizada em setembro.
Fonte: Folha
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