Belkovsky, um conhecido opositor do governo, afirma ainda que a vida sexual é algo estranho a Putin e que o político de 61 anos pode ser um "gay latente".
Ainda de acordo com a biografia, a chave para entender a personalidade de Putin estaria na sua infância. "O pequeno Vladimir cresceu praticamente sem pai e sem amor e carinho. Era uma criança retraída e sombia", escreve o autor. Segundo Belkovsky, Putin nasceu dois anos antes do que consta nos registros oficiais, filho de um alcóolatra, e passou a vida procurando "famílias substitutas".
O Kremlin negou veementemente as informações publicadas na biografia. "Os comentários de Belkovsky não têm qualquer embasamento ou, como dizem na Rússia, são completo lixo", afirmou o o porta-voz do presidente à versão online da publicação alemã.
Putin está acostumado a críticas e elogios, que vão de tirano implacável a salvador. Em telegramas diplomáticos revelados pelo WikiLeaks, chegou a ser comparado ao herói Batman. Recentemente, foi eleito pela revista Forbes a pessoa mais influente do mundo.
Em setembro, surgiram boatos de que Putin teria se casado com a ex-ginasta Alina Kabayeva em um mosteiro. O Kremlin, no entanto, desmentiu a notícia. Em junho, o presidente anunciou o divórcio de Lyudmila, com quem esteve casado por 30 anos e mãe de suas duas filhas.
A suposta homossexualidade do presidente abordada na biografia chama a atenção especialmente porque a Rússia está constantemente no centro de debates sobre os direitos homossexuais. Uma lei aprovada no em 11 de junho proíbe a “propaganda” de relações sexuais “não-tradicionais” entre os menores de idade e traz à tona a problemática da homofobia no país. A norma federal ratificou leis regionais vigentes em mais de 10 cidades russas, incluindo São Petersburgo, a segunda maior do país.
Com a nova lei, a distribuição de informação sobre homossexualidade a menores de idade pode ser punida com multas que variam entre 4 mil rublos (R$ 290), para indivíduos, e 1 milhão de rublos (R$ 72,7 mil), para organizações.
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