Opinião

Amor insano

 

Nesta história apenas eu morro
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero, amor, a sangue e fogo.

(Soneto LXVI, Pablo Neruda, Chile, 1904-1973)

A sangue e fogo, assim te quero tanto,

Morrendo-me de amor além prossigo,

A carregar a dor de amar comigo,

Nesse silêncio em que sozinha canto.

 

A sangue e fogo dentro o peito imanto

Esse querer sem ter, amor, contigo

A vida que sonhei, um sonho antigo

que nunca morre, para o meu espanto.

 

Eu te amo de tal jeito que renego

A força desse amor insano e cego

Que a sangue e fogo pulsa em minha tez.

 

Assim te quero e sem querer eu quero

Morrer contigo ao som de algum bolero

Ou não morrer… Viver, enfim, talvez.

 

Edir Pina de Barros é membro da Academia Brasileira de Sonetistas e da Academia Virtual de Poetas de Língua Portuguesa. Seus poemas estão disponíveis em vários livros, antologias, revistas eletrônicas e nas mídias sociais.  É doutora e pós-doutora em Antropologia pela USP, professora aposentada (UFMT). Nasceu no Mato Grosso do Sul e hoje reside em Brasília.  

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Opinião

Dos Pampas ao Chaco

E, assim, retorno  à querência, campeando recuerdos como diz amúsica da Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul.
Opinião

Um caminho para o sucesso

Os ambientes de trabalho estão cheios de “puxa-sacos”, que acreditam que quem nos promove na carreira é o dono do