As eleições norte-americanas chegam a reta final nesta terça-feira (8) após meses de polêmicas e reviravoltas. De um lado, Donald Trump, o bilionário e controverso republicano, que poucos acreditavam que chegaria tão longe. Do outro, Hillary Clinton, ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama que pode dar continuidade ao governo democrata de Barack Obama.
Apesar do favoritismo de Hillary Clinton, somente após o fechamento das urnas será possível saber quem será o novo presidente da maior superpotência do mundo. Entretanto, uma coisa é certa, a corrida eleitoral de 2016 será lembrada como a disputa mais polêmica da história recente da democracia americana.
O mais recente capítulo da histórica disputa entre os candidatos foi a reabertura da investigação do FBI (a polícia federal dos EUA) sobre o uso do e-mail particular por Hillary durante sua gestão como secretária de Estado, entre 2009 e 2013.
A polêmica gira em torno do fato de a candidata ter, supostamente, usado o servidor particular para manter suas conversas seguras, explica a professora de relações internacionais Cristina Pecequilo, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Trump não perdeu a oportunidade e atacou a rival, dizendo que "esse é o maior escândalo político desde o Watergate", já que as conversas teriam tentativas de troca de favor e até mesmo a defesa de uma ação secreta na Síria.
— O escândalo foi muito ruim para a imagem de Hillary na época e, hoje, a reabertura do processo fez com que ela perdesse alguns pontos percentuais de votos e aparecesse como derrotada em algumas pesquisas de voto. O problema é que a margem de diferença é muito pequena entre os dois candidatos e qualquer coisa pode fazer a balança pender para um lado ou outro.
Já Trump, esteve envolvido em diversas polêmicas recentemente, que fizeram com que ele perdesse um massivo apoio de líderes do partido. A primeira aconteceu durante o último debate entre os candidatos, quando ele questionou o processo eleitoral e disse não saber se aceitará o resultado das urnas. A segunda é a crescente lista de mulheres que relatam terem sido assediadas pelo republicano.
Fonte: R7