Opinião

Amargura

Neste capitulo vamos falar sobre a AMARGURA, um sentimento de desgosto, pesar, aflição, angústia, tristeza, ressentimento e que já em Hebreus 12.15, Deus fala conosco: “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem”. A Amargura é um sentimento de descontentamento, que embora frequentemente brando, pode deixar resquícios que podem durar longamente. Por vezes é possível percebê-lo no semblante, nas palavras, nos gestos e na atitude de uma pessoa.

A recusa cega e doentia pela reconciliação faz aguçar ainda mais a amargura. É natural que alguns ou quase todos evitem relacionar-se com a pessoa amargurada, devido às suas murmurações e críticas e isso causa mais dor ainda. A pessoa, por sua vez, com receio de ser mais ferida, também se isola. Vemos na Bíblia um exemplo claro de uma vida amargurada: A Amargura de Simão, Atos 8:9-11; 18-23. Simão estava cheio de amargura. O que você acha que estava causando tal amargura? Inveja, pelo fato de que o “novo poder” que os apóstolos traziam, os colocava no centro da “mídia”, onde Simão havia estado por muito tempo.

O desejo doentio de aparecer na “mídia”, de ocupar cargos na igreja e em outros lugares (não diferentes dos dias atuais, nos mais diversos setores da vida cotidiana), acaba gerando inveja amargurada; mas quem serve a Deus “JEOVÁ RAFAH” com humildade, não se amargura e fica satisfeito com o que Deus lhe dá, entendendo que a posição é uma ferramenta para alcançarmos o nosso real objetivo, que é agradar a Deus.

A alma amargurada impede que entendamos os verdadeiros propósitos de Deus em determinadas situações. A alma amarga contamina os outros. Por meio de suas palavras cheias de amargura, o amargurado busca adeptos à sua causa. Quem se une a ele é seu amigo e quem não se une é seu inimigo. A alma amarga dá lugar ao diabo e entristece o Espírito Santo. Veja em Efésios 4:26-27; 30,31. A alma amarga pode afetar a saúde física e espiritual. Traz consigo uma acusação constante, a qual aponta ao erro e a falta de perdão. O sentimento de culpa responsabiliza a pessoa pelos sofrimentos que a aflige. A falta de perdão faz com que se sinta culpado pela ausência de comunhão com as pessoas, o que leva à sensação de pecado não perdoado, por mais que se esforce em fazer coisas boas.

Relacionamentos se quebram. Quando alguém, por falta de perdão, dá lugar à amargura, seus relacionamentos sofrem constantes choques, podendo resultar em separações definitivas. Os relacionamentos quebrados podem ser:

1 – Com outras pessoas. Se alguém tem mágoa dos outros, os sintomas são: ressentimentos, raiva, ódio, vingança e até mesmo podendo chegar à tentativa de tirar a vida. (Mateus, 5. 22-24; Mateus, 6.14.15. Colossenses, 3.13).

2 – Consigo mesmo: quando alguém tem mágoa de si mesmo, os sintomas são sentimentos de culpa, inferioridade, autopiedade, autodepreciação, complexos, indignidade, vergonha, ódio, podendo levar à atitudes extremas, como o suicídio (Romanos, 8.34; João, 8.10).

3 – Com Deus: se alguém tem mágoa Dele, os sintomas são dúvidas, questionamentos, incredulidade, rebelião. A pessoa passará a duvidar da palavra: “não consigo mais crer nela”. (João, 3.16).

4 – Problemas físicos, causados por dor de amargura guardada no coração: úlceras, gastrites, problemas neurológicos, problemas na pele, problemas nervosos, insônia, dor de cabeça, esgotamento, artrite, pressão alta e palpitação, taquicardia, pré-disposição ao câncer.

Como se libertar da amargura: deixar que o Espírito Santo o dirija, trazendo a lembrança do que precisa ser lembrado sem a influência do maligno. Reconheça que o que está sentindo é pecado e arrependa-se, no sentido de Hebreus, 12.14. Escreva num papel os nomes das pessoas que o ofenderam, descreva os maus específicos que sofreu (exemplo: rejeição, falta de amor, injustiça, abuso físico, verbal, sexual ou emocional, traição, descuido). Enfrente a dor do ódio, escrevendo e confessando o que sente contra essas pessoas.

Não esconda seus sentimentos, eles também precisam ser perdoados, mesmo que reconhecê-los lhe cause vergonha. Reconheça a importância da Cruz. Ela faz com que o perdão seja legal e moralmente correto. Lembre-se que a justiça de Deus está na cruz de Cristo (Hebreus, 10.10). Decida pôr fim à situação “em nome de Jesus”, isso significa que você, no futuro, não levantará contra seus ofensores informações sobre o ocorrido (Provérbios, 17.9; Lucas, 6.27-28).

Decida Perdoar. Perdoar é uma crise de vontade, uma decisão consciente de deixar a outra pessoa livre e livrar-se ao mesmo tempo do passado. Leve sua lista a DEUS e ore perdoando. Se seu sentimento estiver muito forte e resistente, peça ajuda a um líder (Tiago, 5.16). Desabafar nosso sentimento de amargura com alguém que esteja preparado para nos ouvir, orando com esta pessoa para que Deus faça uma cura em nosso coração e nos liberte da amargura. Perdoe o ofensor como Deus te perdoou (Efésios, 4:31-32; Mateus, 18: 23-35).

Por fim, destrua a lista, pois agora, pelo poder supremo de “JEOVÁ SHAMÁ”, você está livre. Lembre-se que o perdão deve ser incondicional (Mateus, 5.44; Gálatas, 5.1, 13,14). Tente compreender as pessoas que você perdoou. Elas são vítimas do pecado. Espere resultados positivos de si mesmo, agradeça a Deus pela lição que aprendeu e a maturidade que ganhou (Romanos, 8.28-29). Aceite sua parte de culpa nas ofensas que sofreu, confesse seu fracasso a Deus e aos demais envolvidos (I João, 1.9). Resolva sua pendência com outrem (Mateus, 5.23-26).

Enfim, compreenda que todo sentimento contrário à vontade de Deus, expresso em sua palavra, deve ser eliminado da nossa vida para que o projeto de Jesus se cumpra em nós e sejamos vitoriosos (Hebreus, 12.15).

Uma oração: “Meu Deus, meu Pai, em nome de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, chego em tua presença, clamando pelo poder do sangue precioso que foi vertido lá na cruz do calvário, para pedir perdão por todo o sentimento amargo que aflige minha alma e por afastar-me de meu irmão. Perdoa os meus pecados de amargura, lava minha vida e meu coração, dando-me tua alegria e paz com meu irmão. Por Cristo Jesus, meu Salvador, Amém!”

 

*ÉDER DE MORAES DIAS é Ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso; Casa Civil; Secopa; MT FOMENTO; Articulação Institucional em Brasília; Bacharel em Direito; Gestão Comercial; Gestão de Agronegócios; Pós Graduado em Direito Constitucional; Filosofia e Direitos Humanos; Governança Corporativa; MBA em Contabilidade, Economia e Administração de Empresas; MBA em Psicanálise Clínica, Cursando Procedimentos Gerenciais Tecnólogo, MBA em Ciências Políticas e iniciante em TEOLOGIA.

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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