Opinião

Amar

Amar, um precipício  – abismo interno –

no qual se perde o tino, nas escarpas,

e o coração, sangrando em finas farpas,

conhece o paraíso e o pleno inferno.

 

Amar – enflorescer no próprio inverno –

que assim nos faz sonhar, ao som das harpas,

e nos envolve em rendas, véus e charpas,

transforma um ente livre em subalterno.

 

Amar! Amar! Inferno e paraíso,

nos quais se quebra o espelho de Narciso

e ver o Outro, em sua plenitude.

 

Melhor saltar no abismo da emoção,

porque nos planos  frios da razão,

as farpas são mais finas, amiúde.

 

Edir Pina de Barros é membro da Academia Brasileira de Sonetistas e da Academia Virtual de Poetas de Língua PortuguesaSeus poemas estão disponíveis em vários livros, antologias,  revistas eletrônicas e nas mídias sociais.  É doutora e pós-doutora em Antropologia pela USP, professora aposentada (UFMT). Nasceu no Mato Grosso do Sul e hoje reside em Brasília.  

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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