Política

Amaggi desconhece aeronave interceptada com 600 kg de cocaína

Um avião bimotor com 653 quilos de cocaína foi interceptado neste domingo (25) no interior de Goiás por um avião A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira (FAB). A aeronave teria decolado da Fazenda Itamarati Norte, no município de Campo Novo do Parecis ( a 396 km de Cuiabá/MT), do Grupo AMaggi e que é de propriedade da família do ministro da agricultura, Blairo Maggi.

A empresa de agronegócio divulgou nota na manhã desta segunda-feira (26) afirmando que tomou conhecimento do fato pela imprensa e que não emitiu ordem de decolagem e nem de pouso para o referido bimotor . (Confira nota abaixo)

O Grupo ainda afirma que a Fazenda Itamarati está vulnerável a esse tipo de ação já que fica próxima a divisa do Estado de Mato Grosso com a Bolívia – ponto estratégico para o tráfico de drogas. 

“Em abril deste ano a AMAGGI chegou a prestar apoio a uma operação da Polícia Federal (PF), quando a mesma foi informada de que uma aeronave clandestina pousaria com cerca de 400 kg de entorpecentes (conforme noticiado à época) em uma das pistas auxiliares da fazenda. Na ocasião, a PF realizou ação de interceptação com total apoio da AMAGGI, a qual resultou bem-sucedida”, diz trecho da nota.

Local da decolagem

A Força Aérea Brasileira também emitiu nota nesta segunda-feira. Nela, a FAB destaca que as informações sobre o local da decolagem da aeronave haviam sido fornecidas "pelo próprio piloto durante a aplicação das medidas de policiamento do espaço aéreo".

"A confirmação do local exato da decolagem fará parte da investigação conduzida pela autoridade policial", diz trecho do novo comunicado.

Confira notas

Leia abaixo a nota da Amaggi:

A respeito das informações divulgadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) no último domingo (25) dando conta da interceptação de uma aeronave carregada de entorpecentes que teria decolado de uma pista localizada na fazenda Itamarati, arrendada pela AMAGGI, a companhia vem a público informar que:

a) Tomou conhecimento do caso por meio da imprensa e aguarda o desenrolar das investigações sobre a propriedade da aeronave e as circunstâncias exatas em que ela – conforme afirma a FAB – teria pousado na Fazenda Itamarati e decolado a partir de uma de suas pistas;

b) A empresa não tem qualquer ligação com a aeronave descrita pela FAB e não emitiu autorização para pouso/decolagem da mesma em qualquer uma de suas pistas;

c) Localizada em Campo Novo do Parecis, a parte arrendada pela AMAGGI na Fazenda Itamarati conta com 11 pistas autorizadas para pouso eventual (apropriadas para a operação de aviões agrícolas, o que não demanda vigilância permanente) localizadas em pontos esparsos de 54,3 mil hectares de extensão;

d) A região de Campo Novo do Parecis tem sido vulnerável à ação de grupos do tráfico internacional de drogas, dada a sua proximidade com a fronteira do Estado de Mato Grosso com a Bolívia;

e) Tal vulnerabilidade acomete também as fazendas localizadas na região. Em abril deste ano a AMAGGI chegou a prestar apoio a uma operação da Polícia Federal (PF), quando a mesma foi informada de que uma aeronave clandestina pousaria com cerca de 400 kg de entorpecentes (conforme noticiado à época) em uma das pistas auxiliares da fazenda. Na ocasião, a PF realizou ação de interceptação com total apoio da AMAGGI, a qual resultou bem-sucedida.

A AMAGGI se coloca à disposição das autoridades para prestar todo apoio possível às investigações do caso.

Leia abaixo nota da FAB

FAB esclarece sobre decolagem de aeronave interceptada PT-IIJ

O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica esclarece que as informações sobre o local de decolagem da aeronave, matrícula PT-IIJ, interceptada no domingo (25/06), foram fornecidas pelo próprio piloto durante a aplicação das medidas de policiamento do espaço aéreo. A confirmação do local exato da decolagem fará parte da investigação conduzida pela autoridade policial.
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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