Neymar recebeu cartões amarelos em quase todas as partidas complicadas da Seleção desde a Copa das Confederações. Contra a Suíça revidou uma entrada forte e flertou até com o vermelho. Diante de Portugal se estranhou com Pepe e também foi amarelado. O jogador ainda recebeu advertência contra o Panamá.
O camisa 10 enfrentou situação parecida na Copa das Confederações, quando levou amarelo contra a Itália no jogo final da primeira fase e foi substituído por Felipão com menos de 20min do segundo tempo. Naquela situação uma nova advertência faria ele perder a semifinal contra Uruguai.
A chance de tentar zerar o cartão contra o México é cogitada pela comissão técnica, mas vai depender muito do que acontecer em campo. Felipão não quer correr o risco de ficar sem o jogador em uma partida que pode virar decisiva contra Camarões, caso o Brasil não garanta vaga diante dos mexicanos. Desde a Copa do Mundo de 2010 os cartões só são anulados automaticamente na semifinal.
Para complicar, Neymar está visado pelo lance em que acertou Modric com o cotovelo na estreia. Para muitos a jogada poderia muito bem terminar em expulsão. O atacante não deve contar com a passividade da arbitragem, pressionada pela repercussão da marcação de um pênalti inexistente na visão da maioria de críticos em Fred.
Seu companheiro Oscar vai na contramão do histórico recente e diz que a situação não chega a ser um problema. "O Neymar é um cara que costuma fazer os caras tomar amarelo, dificilmente vai tomar amarelo de novo", disse.
O fato é que Neymar já levou cinco cartões amarelos desde que Felipão assumiu a Seleção, índice superior ao que tinha em dois anos e meio com Mano Menezes. Além de controlar as faltas, o atacante terá que aguentar as provocações de que é vítima frequentemente e revidar com gols e futebol.
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