A Polícia Federal e a Receita Federal realizaram buscas em casas localizadas em condomínios de luxo e em lojas de aparelhos eletrônicos nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. Imagens divulgadas para a imprensa mostram que um dos suspeitos possuía um esconderijo cheio de celulares localizado embaixo da geladeira.
De acordo com o auditor fiscal Antônio Henrique Lindemberg Baltazar, a investigação teve início após monitoramento de redes sociais dos suspeitos, que viviam uma vida de luxo graças também ao não pagamento devido de impostos das mercadorias que eram comercializadas em suas lojas.
Durante as investigações, a Polícia Federal, com apoio da Receita Federal, identificou que o grupo investigado movimentava altos valores recebidos dos comerciantes de eletrônicos em contas de empresas “de fachada”, registradas em nome de interpostas pessoas “laranjas”, visando dissimular a origem e a finalidade de remessa de valores ao exterior para o pagamento de eletrônicos. Somente em um ano e meio, o esquema teria movimentado mais de R$ 120 milhões.
Além dos responsáveis pelo esquema financeiro, os mandados de busca foram cumpridos em endereços relacionados aos comerciantes e fornecedores identificados no curso do inquérito policial.
Foram empregados 180 policiais federais e 74 auditores-fiscais e analistas tributários da Receita Federal para o cumprimento de 50 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Alta Floresta, Rondonópolis, Ribeirão Preto (SP) e Ponta Porã (SP).