Carita Silva Araújo só quer que seu irmão E., de 18 anos, tenha o direito de estudar sem ser agredido. E. tem autismo de nível 3 e recentemente foi vítima de agressões físicas e verbais na Escola Estadual Elmaz Gattas Monteiro, em Várzea Grande. O bullying virou caso de polícia, e a família busca justiça desde então.
Segundo o boletim de ocorrência registrado pela família em 30 de abril, no dia anterior, E. foi agredido por um colega de 17 anos, identificado como T., após um desentendimento. T. teria proferido ofensas e xingamentos, além de agredir E. com um golpe no rosto. A situação só foi interrompida pela intervenção da profissional que acompanha E. na escola, pois o professor presente não interveio.
A família de E. abriu um requerimento na ouvidoria da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para investigar o caso. Eles afirmam que T. já tinha histórico de comportamento agressivo e que o professor não agiu de forma imparcial. A diretora da escola, Rejane Taques, se recusou a receber o requerimento, sugerindo que eles transferissem E. para outra escola se não se sentissem seguros.
O aluno possui laudo médico que comprova sua deficiência cognitiva e recebe tratamento regularmente. A família pede que a conduta do agressor seja apurada e que haja alguma punição. Um boletim de ocorrência foi registrado, e foi solicitada uma medida protetiva para E.