O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), disse que uma das alternativas para as pessoas em situação de rua, que moram na Ilha da Banana, região Central de Cuiabá, será o encaminhamento para Comunidades Terapêuticas de forma humanitária.
No dia 11 de junho, a primeira fase da demolição teve início e cerca de 80 pessoas em situação de rua foram retiradas dos escombros do local. À época, o secretário de de Estado Cidades (Secid), Wilson Santos (PSDB), afirmou que não houve remoção compulsória. E que, inclusive, um imóvel no local seria preservado incialmente para as pessoas que decidiram permanecer na Ilha.
“Nesse primeiro momento, todas as alternativas não serão as melhores, mas serão as menos traumáticas, até que possamos estabelecer algumas políticas públicas que já estão sendo construídas para poder tratar dessa questão dentro da órbita dos direitos humanos”, disse o prefeito, na manhã desta terça-feira (18), em encontro com Wilson.
O secretário de Cidades lembrou que a Casa Transitória em que os antigos moradores da Ilha Banana estão é provisória, e não deve trazer grandes transtornos àquela população . “E umas 10 ou 15 pessoas estão ali na rua Batista das Neves com a rua 12 de Outubro provisoriamente. Houve um contra tempo, mas ali é um lugar transitório, eles vão sair dali”, disse.
Uma nova alternativa deve ser elaborada pelo Prefeitura de Cuiabá junto à sociedade Civil. “Nós iremos construir com os segmentos da sociedade para solucionar o problema, mas enquanto se constrói isso, há um dia a dia, não podemos deixa-los ao léu”, disse Emanuel Pinheiro.
A Ilha da Banana, conhecida também como “Cracolândia Cuiabana”, funcionou como abrigo de usuários de drogas por anos. Lá, apesar a situação insalubre, moram também portadores do HIV, pessoas com hepatite, hanseníase e outras doenças graves.
Em novembro de 2016 a equipe do Circuito Mato Grosso fez uma incursão na Ilha da Banana, sem apoio policial. O intuito era descobrir o que havia por entre os corredores dos escombros e lá encontrou seres humanos doentes necessitando de tratamento especializado.
Demolições
Ainda faltam seis, dos 15 imovéis programados para a demolição na Ilha da Banana. Contudo, as propriedades estão com impedimentos judiciais. Quatro desses seis tiveram decisões emitidas no decorrer do processo de demolição, após recursos dos proprietários. Para ter a posse dos imóveis, o Governo do Estado pagou R$ 6,35 milhões a moradores.
Para a retomada das obras do VLT, foi acordado a demolição de 199 imóveis localizados na região da Prainha, no Centro de Cuiabá. Contudo, o secretario de Wilson Santos já adiantou, que após recomendação dos Ministérios Publicos Estadual e Feral, esse numero deve cair pela metade.
Inicialmente, os custos das demolições apresentado pela construtora Material Forte, vencedora da licitação para demolição, foi de R$ 4,02 milhões, um deságio de 38,3% frente ao valor de R$ 6,63 milhões estimado pela Secretaria de Estado das Cidades que comanda a operação.
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