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Alta incerteza geopolítica eleva riscos à estabilidade financeira da zona do euro

O Banco Central Europeu (BCE) alertou nesta segunda-feira (7) que os riscos à estabilidade financeira da zona do euro aumentaram diante de uma “forte alta na incerteza geopolítica global”, especialmente nas políticas comerciais. Em comunicado, o BCE ressaltou que o atual cenário eleva a probabilidade de “cenários negativos se materializarem”.

Segundo o BCE, a incerteza em políticas comerciais “atingiu o nível mais alto em mais de 35 anos”, num momento em que o ciclo financeiro da região segue fraco e as perspectivas de crescimento econômico permanecem tímidas. Nesse contexto, o Conselho do BCE recomenda que as autoridades nacionais “mantenham a resiliência atual do sistema bancário”.

Apesar do aumento nos riscos, o BCE destacou que as condições do setor bancário seguem favoráveis. “A margem de capital permanece elevada nos países da união bancária”, afirmou. Além disso, a rentabilidade dos bancos é positiva e superior à observada nos anos anteriores a 2022, destaca.

O comunicado, no entanto, alertou que o enfraquecimento da qualidade dos ativos bancários está concentrado em países que vivenciaram “fortes booms imobiliários durante o período de juros baixos”. Essas vulnerabilidades seguem relevantes e podem se acentuar diante da incerteza geopolítica e do baixo crescimento.

Assim, o BCE recomenda que os países da zona do euro “em geral mantenham os requisitos atuais de colchões de capital”, o que “ajudará a preservar a resiliência do setor bancário” e garantir recursos disponíveis caso o ambiente macrofinanceiro piore. Da mesma forma, medidas devem ser mantidas para assegurar “padrões sólidos” de concessão de crédito.

Estadão Conteudo

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