Foto Andrea Lobo/ Circuito Mato Grosso
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso tem cinco dias, a partir desta segunda-feira (15), para encaminhar à justiça documentos sobre a contratação da empresa investigada na Operação Imperador, Livropel Comércio e Representações e Serviços Ltda, realizada em 2005. A notificação foi expedida pela juíza Selma Rosane Arruda da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
Segundo nota, a procuradoria da Casa de Leis já solicitou o levantamento para a Secretaria Geral e Instituto Memória, e afirma ter como objetivo localizar os documentos, caso existam de fato, visando atender no prazo a determinação da justiça. “A Assembleia Legislativa está à disposição do Poder Judiciário para auxiliar a justiça na elucidação dos fatos”, finaliza a nota.
Operação Imperador
A Operação Imperador deflagrada em março deste ano pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investiga um suposto esquema de fraude na execução de contratos, que simulava a entrega de materiais de expediente e artigos de informática à Assembleia Legislativa por fornecedores “fantasmas”.
Uma das cinco empresas beneficiadas com o esquema é a Livropel Comércio e Representações Ltda. Entre os anos de 2005 e 2009, o ex-deputado estadual José Riva (PSD), ocupava cargos na mesa diretora da ALMT, portanto, ordenava despesas, e com o auxilio de servidores da Casa, beneficiava uma série de empresas em processos licitatórios e efetuava pagamentos sem a devida entrega do material ou serviço contratado.
Apenas nas investigações da Operação Imperador as transações teriam provocado um rombo de aproximadamente R$ 60 milhões aos cofres do Legislativo Estadual.
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