A agricultura é uma técnica milenar que teve seus primórdios ainda durante a Pré-História e foi essencial para o surgimento das primeiras grandes civilizações humanas. O uso massivo de agrotóxicos visando aumento da produção, porém, iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial, durante a “revolução verde”. No Brasil, o uso destas substâncias foi fomentado durante o regime militar e, até os dias atuais, cresceu vertiginosamente.
O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos, mas é o maior consumidor de agrotóxicos e usou 1,05 bilhões de litros em suas lavouras e Mato Grosso é o maior produtor de soja, milho, algodão, girassol e bovinos, e é o campeão de uso de agrotóxicos em suas lavouras. Os malefícios à saúde humana e ao meio ambiente causados por tais insumos, em contrapartida, estimularam o surgimento de técnicas agrícolas alternativas, a exemplo da agricultura orgânica. Estão sujeitos aos riscos associados aos agrotóxicos, além de trabalhadores rurais que têm contato direto com as substâncias, todos os indivíduos que consomem alimentos e água contaminados por eles. No Brasil, grande parte dos vegetais comercializados está contaminada por quantidades superiores à permitida ou por pesticidas de uso proibido. Pesticidas, como organoclorados e organofosforados, possuem, comprovadamente, efeitos genotóxicos e mutagênicos, ou seja, podem interagir com o DNA de células humanas e aumentar a frequência de mutações, podendo resultar em diversos tipos de câncer.
Muitos agrotóxicos podem também funcionar como disruptores endócrinos, mimetizando ou inibindo a ação de hormônios e, assim, aumentando o risco de doenças, como obesidade, diabetes mellitus tipo 2, síndrome metabólica e até infertilidade. O consumo de alimentos orgânicos, que são produzidos sem o uso de agrotóxicos, pode ser útil na redução de tais problemas. Há evidências de que alimentos orgânicos contenham maior quantidade de vitaminas, minerais e fitoquímicos antioxidantes, como polifenóis e carotenoides, que os alimentos produzidos convencionalmente. Sendo assim, além de mais seguros, alimentos orgânicos podem ser mais nutritivos que os convencionais. Estudos em culturas de células demonstram que os orgânicos possuem também maior capacidade de inibir o desenvolvimento de neoplasias e neutralizar os efeitos nocivos da produção excessiva de radicais livres. O uso indiscriminado de agrotóxicos causa sérios prejuízos à saúde e ao meio ambiente, o que justifica a adoção de medidas capazes de minimizá-lo.
O consumo de alimentos orgânicos é mais seguro e saudável se comparado ao de alimentos convencionais. Associado a uma alimentação saudável e funcional é a garantia de uma qualidade de vida melhor! Ainda estes alimentos têm um custo elevado, mas é mais barato comê-los do que gastar com medicamentos e internações (pense nisso!). Outra alternativa é plantar em casa ou apartamento em jarros ou jardineiras, fica bonito e decorativo e benéfico à saúde, além de mais barato.
