O uso de produtos derivados do tabaco ainda é responsável por até 60 mortes por câncer de pulmão por ano em Cuiabá, segundo estimativas baseadas em dados do INCA. A maioria dos casos está diretamente ligada ao tabagismo, que segue sendo uma das principais causas evitáveis de morte na capital.
A campanha de 2025 do INCA e da OMS traz foco especial nos cigarros eletrônicos, que contêm nicotina e compostos tóxicos. Segundo a cirurgiã torácica Larissa Lara Galvão, o uso desses dispositivos por jovens representa uma nova ameaça à saúde pública e pode levar ao vício em nicotina.
Além do câncer de pulmão, o tabagismo está associado a outros tipos de câncer, como os de boca, laringe, bexiga e esôfago. A Oncolog Cuiabá alerta que políticas mais rígidas são urgentes para conter o avanço do consumo, especialmente entre os mais jovens.
O estudo “A conta que a indústria do tabaco não conta” mostra que o Brasil perde R$ 153 bilhões por ano com os efeitos do fumo. Para cada R$ 1 de lucro obtido pela indústria, o país gasta R$ 5 com os impactos na saúde e na produtividade.
Diante disso, especialistas defendem ações mais duras, como aumento de impostos, fiscalização do comércio ilegal e campanhas educativas contínuas. A conscientização da população e o combate às novas formas de consumo são considerados essenciais para frear os prejuízos do tabaco.