Internacional

Alemanha propõe leis mais duras para evitar ataques terroristas

O ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, propôs a retirada da cidadania alemã de pessoas com dupla cidadania e que lutem por grupos extremistas no exterior. A autoridade disse, nesta quinta-feira, que pretende facilitar a deportação de estrangeiros considerados perigosos, ao apresentar uma lista de propostas para reforçar a segurança na Alemanha.

O anúncio é realizado após uma série recente de ataques. Segundo os planos oficiais, a "promoção do terrorismo" passará a ser uma ofensa criminal. Além disso, o governo avalia a possibilidade de reforçar mais a segurança.

A Alemanha avaliará ainda se unir a outros países que realizam o rastreamento de perfis nas mídias sociais de pessoas recebidas em programas de reassentamento humanitário. E o ministro quer fortalecer a capacidade das autoridades de investigar a chamada internet profunda ("deep web"), que pode ser usada por criminosos.

O ministro propôs uma estratégia para facilitar que estrangeiros autores de crimes ou considerados perigosos possam ser mais facilmente deportados.

Dois dos ataques ocorridos na semana iniciada em 18 de julho foram os primeiros na Alemanha reivindicados pelo Estado Islâmico. Os autores eram pessoas que haviam pedido asilo e chegaram ao país ao longo dos dois últimos anos – ambos foram mortos. Em outros dois ataques – um ataque a tiros promovido por um jovem de 18 anos com cidadania alemã e iraniana em Munique que deixou dez mortos, entre eles o autor da ação, e um ataque com faca feito por um sírio em Reutlingen – ainda não tinham motivação clara, mas o extremismo islâmico não era uma suspeita

De Maiziere disse que o governo discutirá com médicos formas de "minimizar os perigos aos pacientes o máximo possível", mas ressaltou que as regras sobre confidencialidade dos pacientes serão mantidas. Na Alemanha, os médicos podem levar uma pena de até um ano de prisão por desrespeito à privacidade dos pacientes, ainda que existam regras que permitem isso a fim de salvaguardar interesses maiores protegidos legalmente.

Alguns membros do partido conservador da chanceler Angela Merkel e do ministro do Interior defendem medidas como a proibição do uso de véus pelas mulheres muçulmanas. De Maiziere deixou claro, porém, que uma proibição do tipo é "constitucionalmente problemática" e não está em discussão. "Você não pode banir tudo que rejeita", avaliou. Fonte: Associated Press.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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