"Não são realizadas operações de vigilância das telecomunicações a partir da embaixada alemã em Washington", afirmou o diretor do BND na edição on-line do Die Zeit.
Nessa quarta-feira (30), uma delegação da chancelaria e dos serviços secretos alemães se reunirá em Washington, EUA, com representantes do governo sobre as revelações de espionagem das comunicações telefônicas da chanceler Angela Merkel, segundo a imprensa alemã. O governo de Berlim espera concluir no médio prazo um acordo com os Estados Unidos, através do qual os americanos se comprometam a não espionar o governo ou representações diplomáticas alemãs, segundo a mesma fonte.
Os Estados Unidos negaram categoricamente na terça-feira as revelações do jornal francês Le Monde, do jornal El Mundo e do italiano L'Espresso sobre a interceptação das comunicações dos cidadãos europeus pela NSA. As publicações informaram nos últimos dias, com base em documentos fornecidos pelo ex-consultor da NSA, Edward Snowden, que a agência americana havia espionado mais de 70 milhões de chamadas telefônicas na França e 60 milhões na Espanha no período de um mês.
O diretor da NSA também confirmou as revelações do jornal The Wall Street Journal segundo as quais as interceptações telefônicas praticadas nestes países e atribuídas ao organismo que dirige foram realizadas pelos serviços secretos europeus e depois fornecidas à agência americana.
Snowden, já havia afirmado em uma entrevista publicada em julho pelo Der Spiegel que os agentes da NSA trabalhavam lado a lado com os alemães e com a maioria dos Estados ocidentais.
Folha de S. Paulo