Aldo Rebelo entrou em contato com autoridades de São Paulo e do Rio Grande do Sul para pedir apuração e punição rigorosas aos torcedores que insultaram o volante Arouca, do Santos, no Campeonato Paulista, e o árbitro Márcio Chagas da Silva, no Campeonato Gaúcho, na noite desta quinta-feira (06.03).
Arouca foi chamado de “macaco” por torcedores enquanto concedia entrevista logo após a vitória do Santos por 5 x 2 sobre o Mogi Mirim, no Estádio Romildão, no interior paulista. Já Márcio da Silva sofreu insultos racistas e teve o carro depredado – além de esfregado com bananas – no estacionamento interno do Estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, depois do jogo entre Esportivo e Veranópolis.
“A agressão racista não atinge apenas aquele a quem é dirigida. Fere toda a população brasileira e a sua identidade de povo miscigenado”, condenou Aldo Rebelo.
O ministro telefonou na manhã desta sexta-feira (07.03) para o secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, Airton Michels. “O secretário me informou que a Polícia Civil gaúcha já adotou providências para identificar os agressores do árbitro”, disse Aldo Rebelo, que conversou também com o promotor paulista Paulo Castilho, ex-diretor de Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte, hoje de volta ao Ministério Público.
“A Justiça deve punir exemplarmente esse comportamento inaceitável. Não são torcedores, são criminosos”, definiu o ministro.
A presidenta da República, Dilma Rousseff, acertou com a FIFA e a ONU que o tema da Copa do Mundo será pela paz e contra o racismo. "Acertei com a ONU e a FIFA que a nossa Copa das Copas também será a Copa contra o racismo. Porque o esporte não deve ser jamais palco para o preconceito”, disse a presidenta pelo twitter, após o episódio que envolveu o jogador Tinga.
Ministério do Esporte