Política

Alckmin defende regra única sobre venda de bebidas na Copa

"Nós deveremos ter uma harmonia. Você não vai ter jogo em um Estado só", disse Alckmin.

Hoje, o Congresso adiou novamente a votação da Lei Geral da Copa. Em acordo fechado ontem, os líderes haviam aceitado votar o texto original do governo federal sobre a lei.

A proposta não deixa clara a liberação da venda das bebidas alcoólicas, deixando espaço para que os Estados negociem essa possibilidade.

Alckmin afirmou que vai divulgar o posicionamento oficial do governo estadual sobre a questão apenas após a aprovação da lei.

"Vamos aguardar a decisão do Congresso Nacional para em seguida nos manifestar", disse.

Ele ainda qualificou como omissão federal a retirada da parte sobre a venda de bebidas em estádio do texto da Lei Geral da Copa. De acordo com o governador, São Paulo vai ter uma decisão isolada apenas se não houver um acordo entre os governadores.

"Tendo em vista essa omissão federal, São Paulo vai tomar uma posição", disse o governador.

Mais cedo, o ministro Aldo Rebelo (Esporte) disse que a avaliação do governo é que não será necessário a Fifa discutir com os Estados a venda de cerveja, mesmo que a Lei da Copa não libere o consumo de bebida alcoólica.

Para o ministro, a lei sem a liberação explícita prevalece em relação às leis estaduais que vedam expressamente a venda de álcool nos estádios.

Em São Paulo, o consumo de álcool nos estádios é proibido.

VOTAÇÃO

O adiamento da votação da Lei da Copa hoje teve o apoio da maioria dos partidos da base aliada e significa mais uma derrota política para o governo, que queria votar o projeto ainda nesta semana.

Um dos principais fatores para o adiamento é a posição da bancada ruralista, que exige a votação do Código Florestal antes da Lei da Copa.

Durante a votação pela retirada de pauta do projeto, apenas o PT, PSB, PP, PC do B e PSOL se manifestaram a favor do governo, pela votação ainda nesta quarta. Até o PMDB, principal aliado do Planalto, preferiu obstruir a votação.

Prevendo que sairia derrotado, o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), por fim também liberou a base para votar como quisesse.

O deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder peemedebista, explicou que sua posição foi para ajudar o governo, pois viu que se o texto fosse a voto hoje poderia ser derrotado."Meu receio era perder. Estou inseguro com relação a votação, queremos ganhar tempo para chegar a um acordo com relação ao Código Florestal", disse.

A derrota do governo acontece em meio à crise na base aliada. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff trocou seus líderes no Congresso. Esse foi o primeiro teste do novo líder da Câmara, Arlindo Chinaglia.

Fonte: FOLHA.COM

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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