Cidades

Ala do Hospital de Câncer é paralisada por falta de custeio

 
Dados do Hospital de Câncer apontam que no período de 2007 a 2011 o câncer de mama teve a segunda maior incidência nas mulheres no Estado, com 732 casos verificados. A variação da doença perde apenas para o câncer de colo de útero que, no mesmo intervalo de tempo, registrou 955 novas ocorrências. A maioria dos pacientes atendidos pelo reside em Cuiabá, com 551 enfermos. 
 
E é justamente uma ala para atender prioritariamente a mulheres com nódulos malignos nos seios que esta fechada no HCAN. De acordo com o médico oncologista Rogério Leite, um dos profissionais que atendem os pacientes do local, a infraestrutura, como máquinas, recepção, poltronas de descanso para pacientes realizarem quimioterapia está pronta há mais de oito meses, desde agosto de 2013. Mas a falta de recursos de custeio tem sido um empecilho para o combate à doença.
 
“O espaço está pronto desde agosto de 2013 e, em termos de estrutura física, está completo. Mas falta pessoal e recursos para custear os atendimentos, que devem ter despesas de até R$ 80 mil por mês”, diz.
 
Médico oncologista Rogério Leite afirma que hospital não tem condições de custear ala que está parada por falta de recursos - Foto: Mary JurunaEntre os recursos disponíveis para uso, há uma máquina que realiza exames de mamografia de alta tecnologia. Segundo Leite, ela é capaz de diagnosticar tumores muito pequenos “de quatro ou cinco milímetros”, favorecendo o tratamento e aumentando a expectativa de vida dos pacientes. Ela é a única ferramenta desse tipo disponível em todo o Estado.    
 
O aparelho, bem como o restante do espaço, também não está sendo utilizado.
 
O médico oncologista afirma que o HCAN já tentou realizar parcerias, inclusive com o governo do Estado, que ajudou na construção da ala. Infelizmente, porém, não houve sucesso até agora em convencer entidades dispostas a fazer parte do projeto.
 
O HCAN em Cuiabá, apesar de ser uma entidade filantrópica de direito privado, não cobra pelo tratamento aos pacientes e, quando operacional, o espaço em desuso hoje poderia ter um volume de atendimentos “significativo”, como afirma Leite.
 
“Podemos atender até mil pacientes por mês. Em pouco tempo, teríamos uma cobertura significativa”, diz.
 
Pacientes de Rondonópolis acionam MPE
 
Em Rondonópolis pacientes denunciam que a prefeitura do município cortou todas as passagens das pessoas que fazem tratamento no Hospital do Câncer de Barretos, SP, e acionam o Ministério Público Estado (MPE) para intervir no caso.
 
De acordo com o coordenador do Centro de Apoio para Pacientes com Câncer de Rondonópolis, Valdir Correa, são 750 pessoas que necessitam do auxílio para se deslocar até Barretos e com esse corte da passagem muitas pessoas não conseguirão ir por conta própria.
 
Segundo o coordenador do Centro de Apoio para Pacientes com Câncer de Rondonópolis, Valdir Correa, 750 pessoas precisam do auxílio para se deslocar até Barretos - Foto: reprodução“Entre essas pessoas, há pacientes que necessitam viajar anualmente, semestralmente e até todo mês, mas muitos que foram até a prefeitura não conseguiram o recurso, a única resposta é que o Executivo está sem verba e sem previsão para disponibilizar de novo a ajuda”, diz Valdir que também depende do tratamento.
 
Para acelerar uma posição por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os pacientes que necessitam do beneficio entraram com um pedido no MPE solicitando além do esclarecimento por parte da prefeitura, um prazo para que as passagens fossem liberadas.
 
“O tratamento que essas pessoas precisam não tem aqui no Estado, pois os tipos de câncer são considerados raros, então estamos falando de uma situação de extrema urgência”, destaca Correa.
 
Confira matéria na íntegra na edição desta semana do Circuito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Redação

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