Política

AGU vai cobrar Selma por eleição suplementar ao Senado

A Advocacia-Geral da União vai cobrar da ex-senadora Selma Arruda os custos da eleição suplementar feita pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT). O pleito foi realizado neste ano e alçou Carlos Fávaro (PSD) à vaga deixada pela ex-juíza.

 

O argumento é que a escolha do novo senador só ocorreu devido à cassação de Selma por crime eleitoral. 

 

Embora tenha se notabilizado pela mão dura na aplicação da lei penal a ponto de inventar para si o apelido de "Moro de saias" quando ainda era juíza, em sua candidatura ao Senado, Selma Arruda (Podemos-MT) fez quase tudo o que não podia: financiou a campanha com dinheiro emprestado de seu candidato a suplente, omitiu a origem dos valores, se autofinanciou em limite superior ao permitido por lei e começou os gastos de campanha mais de seis meses antes do permitido.

 

Ao votar pela cassação de Selma, o ministro Og Fernandes, do Tribunal Superior Eleitoral, apontou que Gilberto Possamai (suplente) emprestou R$ 1,5 milhão para que a senadora gastasse em sua campanha, e ela próprio doou para si R$ 180 mil.

 

Ambas as operações foram ilegais: segundo o artigo 18 da Resolução 23.553/18 do TSE, candidatos só podem emprestar dinheiro de bancos; e o valor do autofinanciamento foi acima do permitido em lei, de 10% da renda declarada do ano anterior. No caso da senadora, a renda declarada foi de R$ 283,9 mil.

 

Autor da ação que levou a cassação de Arruda, Carlos Fávaro (PSD) conquistou 371.857 votos (25,97% do total) e ficou em primeiro lugar entre os 11 candidatos ao Senado.  Ele já ocupava uma cadeira de senador de forma interina desde abril e terá mais seis anos de mandato.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões