Mais de 20 mil mudas de café clonal já foram entregues para agricultores dos municípios de Nova Olímpia, Porto Estrela, São José do Rio Claro e em Barra do Bugres na área indígena Umutina na aldeia Massepo.
As mudas estão sendo produzidas no Campo Experimental da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), no município de Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte de Cuiabá). Até o final deste ano, serão produzidas mais de 60 mil mudas de café para a Região Médio-Norte.
As mudas fazem parte do Programa Mato Grosso Produtivo-Café, do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e a Empaer, com apoio das prefeituras.
O supervisor do Campo Experimental de Tangará da Serra, Welington Procópio, comenta que nesta primeira etapa foram beneficiados quatro municípios com a implantação de cinco Unidades de Referência Tecnológica (URT), numa área de um hectare cada. Na segunda etapa vão atender o município de Diamantino e a Baixada Cuiabana.
De acordo com Wellington, a implantação da produção de café clonal é uma técnica desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do Estado de Rondônia. E estão usando os clones de café altamente produtivos que pode chegar a 160 sacas de café por hectare. “O projeto tem como objetivo principal fomentar e fortalecer a cadeia produtiva do café no estado como alternativa sustentável de geração de renda para conter o desmatamento nos municípios”.
O técnico agropecuário da Empaer, Wanius de Souza Tavares, fala que dois produtores do município de Porto Estrela receberam um total de 7.200 mudas de café. O produtor rural Leonildo Martins, proprietário de uma área de dois hectares na Comunidade Boi Morto, produz hortaliças, frutas e criação de abelhas. Ele recebeu 3.600 mudas de café, e no final de dezembro vai começar o plantio numa área de um hectare.
O produtor João Batista Ribeiro Oliveira, proprietário de 250 hectares de terra, trabalha com a pecuária de corte e recebeu também 3.600 mudas de café clonal. Wanius destaca que o município não tem cultivo de café e esses são os primeiros deste ano.
“Há mais de 20 anos, o município teve um cultivo de café e agora, a cafeicultura está sendo resgatada como uma alternativa sustentável e como fonte de renda para os agricultores”, enfatiza Wanius.
Os Centros de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (CPTT) da Empaer dos municípios de Sinop e Cáceres, e o Campo Experimental de Tangará da Serra, em conjunto, vão produzir 310 mil mudas de café clonal até o final de 2020. O objetivo é atender agricultores familiares de 33 municípios, por meio do Programa Mato Grosso Produtivo-Café.