Presentes no ato, representantes de Acorizal, Cáceres, Cuiabá, Porto Estrela, Várzea Grande, Chapada dos Guimarães, Poxoréu, entre outros municípios, fizeram coro sobre as demandas que pleiteiam, dentre elas, a mudança de regime pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) para a estatutária. O descontentamento, no entanto, extrapola a burocracia. Dentre as denúncias, eles também se queixam das más condições de trabalho, perseguição política e os baixos salários.
“Não temos nenhum tipo de benefício. Recebemos apenas o salário bruto. Não temos vale transporte, vale refeição, plano de saúde… Nem mesmo protetor solar, pois trabalhamos debaixo do sol, visitando as casas dos moradores, temos a nossa disposição. Há casos ainda piores, observados em Porto Estrela e Gaúcha do Norte, por exemplo, onde funcionários chegam a trabalhar por dez anos, sem nunca terem tido férias”, afirma Domingo Antunes, diretor do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde do Estado de Mato Grosso (SINDACS-MT).
A presidenta do Sindicato local, Dinorah Magalhães, aguardava uma reunião com membros do Tribunal de Contas para buscar informações sobre um ofício protocolado em março desse ano, que pedia, além de uma melhoria nas condições de trabalho, melhores salários. Segundo a sindicalista, os R$ 950 repassados da união aos municípios, para pagamento dos funcionários, não são totalmente destinados aos trabalhadores.
“Dos R$ 950 que o Governo Federal repassa, recebemos apenas um salário mínimo. O restante entra como arrecadação nas cidades”, afirma ela.
Após algum tempo de espera, os líderes da manifestação se reuniram com a conselheira substituta do TCE, Jaqueline Marques, o secretário de Gestão da Presidência, Manoel da Conceição Silva e o Auditor Flávio de Souza Vieira. Os servidores do TCE disseram que se empenharão para que, no início de agosto, o ofício já tenha sido apreciado pelos outros conselheiros, sendo possível uma decisão final sobre o caso.
Diego Frederici – Da redação
Fotos: Pedro Alves