Cidades

Aeroporto Marechal Rondon continua com falhas em sua estrutura

Mais uma entre tantas promessas para a Copa do Mundo, o Aeroporto Marechal Rondon ainda se encontra com problemas sérios de logística e funcionamento. Ao chegar à sala de desembarque, passageiros sofrem com a estrutura no local, como falta de ar-condicionado, tubulações à mostra, forro de tecido e até luminárias sendo sustentadas por fita isolante.

A situação se agrava ainda mais quando há fortes chuvas no local, que chegou a ter partes do teto arrancadas devido ao vento. Há registros de alagamento tanto na parte inferior quanto na superior, o que traz uma verdadeira situação de pânico aos passageiros que passam pela cidade.

Além desses problemas, decorrentes de fenômenos naturais, há os, até então, ‘apagões’ e falhas no sistema de iluminação da pista de decolagem. Só em janeiro, dentro de 15 dias, houve três incidentes que resultaram em diversos voos cancelados e atrasados. Episódios que atingem diretamente os passageiros que necessitam dos serviços do aeroporto.

Diante das denúncias e dos incidentes, a reportagem foi conferir de perto parte desses casos no local. Logo quando adentra a sala de desembarque, é possível sentir o forte calor devido à falta de ar-condicionado no espaço. Além disso, o teto é coberto por apenas um tecido, o que se evidencia com as goteiras decorrentes das chuvas.

O consultor técnico vindo de Fortaleza (CE) Geraldo Filho disse que ficou surpreso com a falta de estrutura do aeroporto. Ele está de passagem pelo Estado a trabalho e disse que se sentiu perdido logo que chegou.

“O calor aqui é demais e não tem nem ar-condicionado nesta parte. Me senti perdido até para procurar uma lanchonete, tive que andar bastante para ver que era na parte de cima. Não tem nenhuma placa para nos orientar nem nada. Me perdi em um aeroporto pequeno”.

A opinião de Geraldo não é isolada. Uma comerciante que não quis se identificar disse que os clientes da loja em que trabalha não param de reclamar da estrutura do espaço: “Eles comentam muito sobre este forro de pano, o calor e tudo o mais. E também a falta de internet, porque não tem sinal de wi-fi livre aqui”.

Já o empresário Carlos Roberto Santana apontou diversas falhas em toda a estrutura. Ele, que frequenta o aeroporto pelo menos duas vezes ao mês, disse que já presenciou situações alarmantes no local: “Uma vez estava na sala de embarque quando começou a chover. De fora, vi que a parte da entrada do aeroporto estava toda alagada com a chuva. Nós, passageiros, nos sentimos inseguros com esta falta de estrutura. Nós já sofremos com as obras da Copa, agora estamos sofrendo com a falta de estrutura da obra, com a qualidade péssima. A gente fica sem saber o que fazer”. “Eu sempre presto atenção onde estou posicionado, principalmente quando tenho uma criança por perto. Por exemplo, há aquela luminária sustentada só com fita isolante. E esse teto com tecido, eu nem sei o que tem além dele que pode me machucar, pois isso não segura nada. É algo preocupante e um desrespeito ao cidadão”, completou.

Leia a íntegra da reportagem

Noelisa Andreola

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