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Aécio Neves pede ao STF para transferir obras de arte apreendidas pela Polícia Federal

A defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para transferir de endereço 15 quadros e uma escultura apreendidos pela Polícia Federal em maio do ano passado, em uma operação de busca e apreensão.

As obras de arte estão em um apartamento mantido pelo parlamentar na Avenida Vieira Souto, no Rio de Janeiro. Por determinação da PF, João da Silva Ribeiro, funcionário da família, é o responsável pela guarda do material. Aécio informou que quer alugar o imóvel. Por isso, pede para transferir os objetos para outro apartamento da família, na Avenida Atlântica.

O ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo, deve decidir se as obras de arte ficarão no mesmo endereço, ou se poderão ser transferidas. A operação da PF foi realizada em maio do ano passado. Junto com as obras de arte, foram apreendidos uma série de papéis e objetos – entre eles, “diversos documentos acondicionados em saco plástico transparente, dentre eles um papel azul com senhas, diversos comprovantes de depósitos e anotações manuscritas, dentre elas a inscrição 'cx 2'”, conforme indica ao relatório dos investigadores enviado à época ao STF.

No mesmo dia, outra operação de busca e apreensão foi realizada no gabinete de Aécio no Senado, onde foram encontrados outros documentos. Foi apreendida “uma pasta transparente contendo cópias da agenda de 2016 onde verifica-se agendamento com Joesley Batista”. Também foram retiradas do local “folhas impressas contendo planilhas com indicações para cargos federais, com remuneração e direcionamento em qual partido político pertence ou foi indicado”.

A operação da PF integra o inquérito que investiga se Aécio recebeu propina da R$ 2 milhões da JBS e se atrapalhou as investigações da Operação Lava-Jato. O inquérito tem origem na delação de executivos da JBS. Aécio é acusado de corrupção passiva junto com a irmã, Andrea Neves; Frederico Pacheco, primo deles; e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). Na terça-feira, a Primeira Turma do STF vai julgar a denúncia apresentada contra o grupo. Caso a denúncia seja aceita, os quatro passarão à condição de réus

Redação

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