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Advogados são presos por desvio de mais de R$ 13 milhões do extinto BEMAT

 
As prisões foram resultado da Operação Assombro, desencadeada pela PF, na manhã de hoje. De acordo com o delegado Wilson Rodrigues, ainda há agentes nas ruas cumpridos outros três mandados de busca e apreensão, nas residências dos suspeitos e em um edifício, onde funcionam diversas empresas, controladas por eles.
 
“Nas buscas foram encontrados veículos que estão sendo apreendidos para a investigação”, revelou Rodrigues. 
 
Os detidos foram ouvidos na sede da Superintendência da PF, mas o delegado que conduz as investigações não quis revelar os nomes dos acusados. 
 
Entenda o caso
 
Os desvios partiam de uma dívida do Governo do Estado no valor de R$ 85 milhões que o Instituto de Previdência Complementar do extinto Bemat tinha de pagar aos seus servidores. O contrato previa que o pagamento fosse parcelado em 18 vezes e, deste total, cinco foram efetivadas.
 
Acontece no entanto, que o ex-liquidante da instituição financeira contratava um escritório de advocacia, que o teria como um dos sócios e cobrava 57% dos honorários em cima das parcelas. Para saldar as dívidas e encerrar a instituição, “era emitido cheque nominal com valores que variavam entre R$ 30 mil e R$ 600 mil a uma empresa fantasma, em nome de pessoas já falecidas, no endereço de uma famosa casa de shows eróticos da Capital”, explicou Rodrigues. 
 
O valor de  cada uma das cinco parcelas pagas chega a cerca de R$ 4,7 milhões, descontados os valores pagos em honorários advocatícios, a fralde chega a cerca de R$ 13,5.
 
A PF estima, contudo, que o valor possa ser ainda maior, já que existem outras apreensões ainda não contabilizadas. 
 
2ª fase da Operação
 
O delegado, que preferiu não detalhar nomes e endereços incluídos na investigação, assegurou que existe a “possibilidade de haver mais pessoas envolvidas no esquema. Não estamos divulgando os nomes para não comprometer a segunda fase da operação". 
 
“Ainda temos que identificar outros recursos desviados, rastrear o dinheiro e, para isso, já foi inclusive solicitada a quebra de sigilo bancário dos possíveis envolvidos no esquema”, complementou o delegado Evandro Iwasaki. 
 
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) mandou representante da entidade para se pronunciar sobre o caso.
 
Os suspeitos detidos nesta manhã estão em prisão temporária por dez dias e de acordo com a PF, podem ser encaminhados a Polinter.

Redação

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