Na manhã desta quarta-feira (2), a Polícia Federal deflagrou mais uma fase da Operação Ararath (que já está na 9ª fase) e cumpriu 6 mandados de condução coercitiva e 11 de busca/apreensão. A PF de Mato Grosso tenta desarticular mais um braço da organização criminosa que estaria usando dinheiro ilegal de lavagem de dinheiro para fazer pagamentos a Factorings (instituições financeiras clandestinas). Desta vez advogados, empresários e outras pessoas estariam envolvidas no caso.
Dentre os mandados de condução coercitiva (aquela que a polícia leva a pessoa obrigatoriamente para a delegacia para depor) está o empresário Elvis Antônio Klauk. Ele é um dos proprietários da TV Pantanal, da cidade de Cáceres, e teria ligações em outros negócios com o ex-secretário de Estado Eder Moraes. Além dele, o advogado Marden Tortorelli, de Cuiabá, também teria sido conduzido para prestar depoimento.
A ação é de responsabilidade da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, nos municípios de Cuiabá (MT) e Várzea Grande (MT). A assessoria da PF confirmou que a maioria dos mandados são em Cuiabá, apenas um é em Várzea Grande. As buscas e apreensões estão ocorrendo em residências e empresas. No entanto, a assessoria confirmou que as pessoas envolvidas não são funcionários públicos e não tem qualquer ligação com o Governo.
De acordo com a assessoria de imprensa, os envolvidos no caso, adquiriam ou vendiam empresas investigadas pela PF e também há indícios de operações financeiras irregulares atreladas ao pagamento dessas ‘pessoas jurídicas’.
A defesa de Elvis Antônio Klauk e Vera Dias Fanaia, que prestaram esclarecimentos a PF disse por meio de nota a imprensa que ambos foram conduzidos apenas como declarantes, para prestar informações de interesse do juízo Federal, a respeito dos envolvidos na operação Ararath; A defesa esclarece também que Elvis e Vera não são réus nessa ação penal e que devido o sigilo processual nenhum informação quanto ao depoimento pode ser dita.
Operação
Após análise de documentos apreendidos em fases anteriores da Operação Ararath e provas compartilhadas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região relacionadas à Operação Miquéias, deflagrada pela Polícia Federal no Distrito Federal em setembro de 2013, constatou-se a realização de pagamentos de aproximadamente R$ 17 milhões no interesse da organização criminosa.
São investigados crimes de operar instituição financeira clandestina, artigo 16 da Lei 7.492/86, crimes contra a administração pública, artigo 317 do Código Penal, lavagem de dinheiro, artigo 1º da Lei 9.613/98 e o crime de organização criminosa, artigo 2º Lei 12.850/2013.
Atualizada as 11h40min.