O ex-deputado estadual José Riva (sem partido), tem colaborado com a Justiça nas investigações da Operação Descarrilho. A informação foi confirmada pelo advogado Rodrigo Mudrovitsch.
De acordo com o jornal Diário de Cuiabá, a defesa de Riva não confirmou a existência de algum termo de colaboração premiada ou se a postura adotada será apenas de confissão, o que pode reduzir a pena numa eventual sentença condenatória em processo criminal, benefício este assegurado pelo Código Penal.
“O que posso dizer é que José tem colaborado com as investigações e as informações prestadas ao Ministério Público Federal estão em sigilo”, revelou Mudrovitsch.
Deflagrada pela Polícia Federal na quarta-feira (9), as investigações apontam a suspeita de crimes como fraude em licitação, organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.
A Polícia Federal acusa o ex-deputado José Riva de utilizar sua esposa, Janete Riva, ex-secretária de Estado de Cultura e candidata derrotada ao governo do Estado na eleição de 2014, como “testa de ferro” na propriedade de uma empresa privada favorecida com R$ 11,5 milhões de recursos liberados pelo governo do Estado em decorrência das obras do VLT.
Foi descoberto que Janete Riva adquiriu 40% de participação na empresa Multimetal Engenharia, quando a mesma ainda tinha como razão social o nome de Baggio & Cia Ltda.
A sociedade foi adquirida pelo valor de R$ 3,5 milhões dividido em cinco parcelas de R$ 700 mil, conforme documento apreendido na quinta fase da Operação Ararath.
O relatório da Polícia Federal ressalta que embora Janete Riva seja detentora de 40% de participação na Multimetal Engenharia, seu nome não veio a constar no quadro societário.
Por outro lado, José Riva, enquanto exercia o mandato de deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, foi um dos principais articuladores para o governo do Estado substituir o projeto do BRT (Bus Rapid Transit) pelo VLT.
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